03/01/2015 18h00
O apoio e participação do parceiro são fundamentais para uma gravidez mais tranquila para a mulher. Um projeto elaborado pela Coordenação Nacional de Saúde dos Homens criou o projeto pré-natal do parceiro, que está em execução desde 2012 na rede de atenção básica, como as UBS.
O pré-natal é o momento para que o pai/parceiro cuide de sua saúde e se prepare para o exercício da paternidade responsável.
Tendo ciência da importância do envolvimento ativo dos homens todo o processo de direitos sexuais e reprodutivos e no acompanhamento da gestação, parto, puerpério e cuidados posteriores com o crescimento e desenvolvimento das crianças.
A iniciativa é uma oportunidade para que os homens realizem exames de rotina, testes rápidos, atualizem a carteira vacinal e participem nas atividades educativas nos serviços de saúde.
Além de incentivar exames de rotina, o projeto inclui exames para doenças sexualmente transmissíveis, para reduzir a transmissão vertical da sífilis e do HIV.
A realização de testes rápidos para detecção destas doenças e a consequente adesão ao tratamento por parte do parceiro infectado pode diminuir consideravelmente o risco de contágio da mãe para a criança, isto porque a genitora mesmo com a devida atenção ao longo da gravidez, se mantiver relações sexuais com o parceiro infectado pode ser, no caso da sífilis, reinfectada e ter a carga viral aumentada no caso do HIV.
O pré-natal do parceiro também incentiva que o pai apoie sua parceira psicologicamente, emocionalmente e fisicamente durante toda a gestação e participe do compartilhamento das atividades domésticas e dos cuidados básicos como o/a recém-nascido/a, estimule a amamentação, auxiliando a mãe a amamentar até os dois anos de idade e exclusivamente até os 6 meses do bebê, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que contribui para construção de vínculos familiares saudáveis.
O Pré-Natal do Parceiro atualmente está presente em diversos municípios – incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, São Luís, Salvador, Goiânia, Maceió, Teresina, entre outros – e faz parte da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) instituída pela Portaria GM/MS nº 1944, de 27 de agosto de 2009.
O projeto pretende alcançar os homens jovens e adultos, entre 20 e 59 anos, que fazem parte do escopo de cerca dos 55 milhões pelos quais a política é responsável no país.
Tipagem sanguínea e Fator RH (no caso da mulher ter RH negativo);
Pesquisa de antígeno de superfície do vírus da Hepatite B (HBsAg);
Teste treponêmico e/ou não treponêmico para detecção de Sífilis por meio de tecnologia convencional ou rápida;
Pesquisa de Anticorpos anti-HIV;
Pesquisa de anticorpos do vírus da Hepatite C (anti-HCV);
Hemograma;
Lipidograma; Dosagem de Colesterol HDL; Dosagem de Colesterol LDL; Dosagem de Colesterol Total; Dosagem de Triglicerídeos;
Dosagem de Glicose
Eletroforese da hemoglobina (para detecção da doença falciforme)[1];
Aferição de Pressão Arterial;
Verificação de Peso e cálculo de IMC (índice de Massa Corporal). (Blog da Saúde)