09/01/2015 12h32
A posse dos novos ministros vem movimentando o cenário político durante esta semana. Com a nova bancada de governo, retomam as expectativas para desenvolvimento de cada setor socioeconômico do país. E, o agronegócio é um deles.
Líderes do setor acreditam que o agronegócio irá alavancar a economia do país em 2015. Segundo o último Censo, a agropecuária já representava mais de 20% do PIB brasileiro. Com a ascensão do setor, a política desempenha um papel importante no seu desenvolvimento.
Para comandar uma das pastas ligadas à agropecuária assumiu a senadora Kátia Abreu. A frente do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Katia é a primeira mulher a obter este posto e diz que entra com espírito público.
“Vamos para bom combate para servir o país”, afirmou a ministra em seu discurso de posse, que aconteceu dia (5) em Brasília.
Durante a cerimonia, Kátia destacou três desafios que terá na sua gestão. “Assumo neste momento o compromisso com a organização, estruturação e implantação da Escola Brasileira do profissional da Agricultura e Pecuária”, confirmou.
Ela ainda destacou: “a meta será garantir a padronização, transparência e segurança do setor do agronegócio, unindo entidades públicas, privadas e academia”.
Um dos focos da gestão será a ampliação da classe média rural. Segundo Katia, dos 5 milhões de produtores rurais, cerca de 70% da população rural são das classes D e E. Enquanto isso, 15% dos produtores estão na classe C e, apenas, 6% nas classes A e B.
Para próximos quatros anos, o objetivo do MAPA será dobrar a inserção dos agricultores na classe média.
“Nós mapearemos essa população, utilizando uma rede intensiva de extensão rural e assistência técnica da Anater junto aos órgãos estaduais/municipais e nossas universidades de ciências agrárias”, explica a ministra, que também completa: “levaremos a revolução tecnológica para o campo para que nossos agricultores produzam e gerem mais renda”.
Katia ainda ressaltou a importância de ampliar as exportações e investimentos em infraestrutura para o desenvolvimento de áreas produtivas, principalmente, no nordeste. “Estou certa de que temos ampla capacidade de produzir mais e exportar mais.
Não podemos perder de vista que o Brasil tem recursos naturais abundantes, temos a maior dotação de água doce do planeta, mas isso não significa, por outro lado, que estamos autorizados a utilizá-los indiscriminadamente”, afirmou a ministra.
Além disso, Kátia prometeu tratar da crise do setor sucroalcooleiro, decorrente do baixo preço do petróleo e de questões climáticas.
“O setor sucroalcooleiro não tem uma receita única, teremos que ter uma receita com vários conceitos, com variadas prioridades e soluções para que este assunto se resolva”.
Para dar início aos planos de ações, a ministra diz que passará este mês de janeiro em reuniões com produtores, empresários e líderes de entidades em busca de novas soluções para o desenvolvimento do agronegócio. (UAGRO com informações do MAPA e Agência Brasil)