13/01/2015 09h16 - Atualizado em 13/01/2015 09h16
Pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), Germani Concenço e Rodrigo Arroyo, apresentarão, em Naviraí/MS, resultados parciais de três anos de pesquisa em sistemas de produção. O projeto de pesquisa, “Análise técnica e econômica de sistemas de produção envolvendo a cultura do algodoeiro”, liderado pelo pesquisador Fernando Mendes Lamas, da mesma Unidade da Embrapa, é uma parceria entre Embrapa Agropecuária Oeste, Fundação MS e Copasul com apoio financeiro da Agrisus.
Segundo Lamas, pelos resultados já obtidos, verifica-se drástica redução do insumo de inseticidas, fungicidas e herbicidas, o que contribui para redução dos custos de produção e maior estabilidade da produção. A novidade dos estudos desse projeto é que “dependendo do sistema de produção, para a cultura da soja por exemplo, uma boa dessecação pode reduzir o número de aplicações de herbicida na pós-emergência”. Nos experimentos que ficam localizados na Fazenda Santa Rosa estão sendo estudados vários sistemas de produção, envolvendo espécies de verão (algodão, soja e milho) e de outono-inverno (feijão, trigo, aveia, crotalárias, milho e milho + braquiária), tendo como fundamento o sistema plantio direto. “As espécies utilizadas para cobertura do solo exercem marcante efeito sobre o controle de plantas daninhas, tema que será abordado durante o evento no dia 15 de janeiro”, explica Fernando Lamas.
A apresentação dos três anos de pesquisa será a partir das 8 h (horário de MS), na Fazenda Santa Rosa, em Naviraí, Mato Grosso do Sul, e faz parte da programação da 6ª Jornada Técnica da Soja - evento realizado pela Copasul, pela manhã e à tarde. Os interessados em conhecer os resultados práticos da primeira e segunda safras do projeto “Análise técnica e econômica de sistemas de produção envolvendo a cultura do algodoeiro”, e ver de perto, no campo, as primeiras impressões da terceira safra, precisam se inscrever até 9 de janeiro, sexta-feira, no Departamento Agronômico da Copasul pelo telefone (67) 3409-1234, no qual também informa a programação completa da 6ª Jornada Técnica da Soja.
Legislação
De acordo com a Lei Federal nº 7.802, de 11 de julho de 1989, agrotóxicos são os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento dos produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos.
A lei dispõe sobre as atividades realizadas com agrotóxicos no território nacional, desde a sua produção ou importação até o destino final de seus resíduos e embalagens. As disposições dessa lei foram regulamentadas pelo Decreto nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002. Outros aspectos do uso de agrotóxicos dispostos nas leis incluem: classificação, certificação de prestadores de serviços, transporte, aplicação, segurança para os trabalhadores e destino final dos resíduos e embalagens vazias.
Em 2005, o Ministério do Trabalho criou a Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura, a NR nº 31, a qual estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, em qualquer atividade da agricultura, incluindo as atividades industriais .