Secretaria da Mulher divulga relatório de trabalho dos últimos dois anos

06/02/2015 06h44

PEC 590/06 é uma das prioridades da bancada feminina para 2015, que incluem garantir mais mulheres na presidência de comissões permanentes.

A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados divulgou um relatório do trabalho realizado desde a sua criação, há dois anos.

Destacam-se ações de enfrentamento à violência contra a mulher, como as comissões externas que acompanharam de perto investigações de assassinatos domésticos de mulheres e a entrega do relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher para a presidente Dilma Rousseff.

O relatório destaca o lançamento, em rede nacional de rádio e televisão, da campanha do Tribunal Superior Eleitoral para incentivar mais mulheres a se filiarem a partidos políticos.

Este assunto, inclusive, foi muito abordado nos últimos dois anos e ganha cada vez mais espaço nas diretrizes da Bancada Feminina. A bancada da Câmara dos Deputados passou de 45 para 51 deputadas. Já o Senado terá 13 senadoras.

A coordenadora da bancada, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), comemora o pequeno aumento no número de deputadas, mas ressalta que ainda é muito pouco para um país como o Brasil.

Cargos na Mesa Diretora

Na opinião de Jô Moraes, mais importante foi à eleição de duas mulheres para cargos na Mesa Diretora da Câmara.

''Nós crescemos, o que é uma vitória significativa, mas evidentemente que achamos muito pouco. Passamos de 8,5% para 10% da composição da Câmara.

Isso é insignificante numa realidade que representamos (mulheres) 51% do eleitorado, mas mesmo assim, também temos conquistas resultantes da nossa mobilização, que é a presença de duas mulheres na Mesa Diretora.''

Mesmo com essa conquista, a deputada quer mais e vai lutar pela aprovação da PEC (590/06) da participação feminina na Mesa Diretora.

''Nós queremos que essa conquista não seja eventual e pontual que dependa da vontade dos partidos.

Nós queremos aprovar a PEC da deputada Luiza Erundina, para institucionalizar a presença dos dois gêneros na direção dos trabalhos da Casa.'' (Agência Câmara Notícias)