21/02/2015 07h00
Qual a importância do brincar como mecanismo promotor de saúde para as crianças internadas? Para responder a essa questão, a aluna do mestrado em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Ligia Maria Rocha Rodrigues, buscou entender como o brincar auxilia no bem-estar dessas crianças, identificando resultados e mudanças que permitem à criança mais autonomia e participação durante a hospitalização, além de compreender como age sobre as interações sociais ocorridas entre elas, os profissionais de saúde e os acompanhantes, e analisar como pode vir a contribuir para uma ampliação do cuidado em saúde.
Os resultados obtidos mostraram que o brincar, enquanto recurso terapêutico, possibilita a criança ocupar um papel mais ativo, com bem-estar, autonomia e participação, agindo também sobre o fortalecimento das relações ocorridas entre os stakeholders e contribuindo para um tratamento que perpassa os limites físicos do adoecimento, fazendo com que a criança modifique suas percepções acerca das experiências vivenciadas dentro do hospital.
Para ela, pensar em promoção da saúde no ambiente hospitalar é extremamente pertinente, especialmente quando neste espaço existem crianças que permanecem internadas durante longos períodos ou que sofrem com internações seguidas ao longo de suas vidas.
“O hospital, nesse caso, transforma-se no único ou no principal cenário onde transcorrem suas vidas e onde suas atividades diárias são realizadas.
” Além disso, acrescenta Lígia, as brincadeiras contribuem para que ela saia da condição passiva de objeto de tratamento para ocupar um papel mais ativo perante a hospitalização. (Fundação Oswaldo Cruz - Ministério da Saúde)