Dourados
22/02/2015 18h00
No Estado a produção de hortaliças atende 35% da demanda interna. Mesmo sendo um número baixo, é uma mudança significativa, tendo em vista que há cinco anos o Mato Grosso do Sul importava praticamente todas as hortaliças que consumia.
O aumento na produção é reflexo de incentivos recebidos pelo produtor, mas ainda falta a valorização do produto, analisa Carlos Crestani.
A demanda de cursos nessa área cresceu significativamente, mas os mercados ainda não reconhecem que a produção local é de qualidade.
O custo para investir em horticultura comercial pode variar de R$ 8 a 12 mil para uma área de meio a um hectare, o que inclui estufa, telas, insumos, adubo, sementes e irrigação.
Já a mão de obra de uma família com no mínimo três pessoal é suficiente. “É importante que a família esteja envolvida no negócio, pois todos contribuem de certa forma.
Com um bom planejamento, o lucro líquido mensal gira em torno de R$ 6 mil”, destaca Crestani, ao afirmar que além do investimento com capital, é necessário que o produtor invista em conhecimento técnico e faça um planejamento de pesquisa.
Durante a capacitação, a parte prática abrange planejamento estratégico, tratos culturais como a importância do preparo do solo com matéria orgânica, adubação, poda, irrigação, a necessidade da implantação de sombrites ou estufas - que isolam o calor e o excesso de chuvas - o cuidado com pragas e doenças e as etapas finais de colheita e comercialização.
Para aproveitar o que não foi comercializado, pode-se produzir compotas e conservas. Um exemplo é com a cenoura, com um quilo que custa em média R$ 4,00, é possível produzir dois potes de conserva, vender a R$ 9,00 cada um e ter pelo menos 150% de lucro. (MS Notícias)
