13/03/2015 17h01
Projeto do Instituto Mamirauá irá reunir informações para viabilizar possibilidades de manejo sustentável dessas árvores.
O Instituto Mamirauá vem desenvolvendo um projeto de pesquisa sobre a ecologia e o potencial produtivo das árvores de andiroba e copaíba nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável Amanã e Mamirauá, ambas no Estado do Amazonas.
O objetivo é reunir informações para pensar em possibilidades viáveis de manejo dos óleos que ambas produzem.
O primeiro passo foi realizar levantamentos sobre onde estão os extrativistas, o processo de extração e o uso dos óleos nas comunidades.
Por meio de informações de relatórios produzidos anteriormente e indicações do "Programa de gestão comunitária e de manejo de agroecossistemas" do instituto já foram mapeadas algumas comunidades que extraem esses óleos.
Nessas localidades a pesquisadora responsável pelo projeto, Emanuelle Raiol Pinto, aplicou questionários com os moradores.
"Os questionários ajudarão a identificar o conhecimento ecológico local sobre as andirobeiras e as copaibeiras, o uso dos recursos provenientes dessas espécies e o conhecimento da extração do óleo e a produção atual."
Com essas informações em mãos e em companhia de comunitários, as áreas onde as árvores se encontram serão delimitadas e, depois, inventariadas.
"A distribuição espacial das andirobeiras é de forma agregada, essas áreas chamamos de andirobal. Já para as copaibeiras o inventário será realizado por meio da ida à área apresentada como potencial pelos comunitários", explica Emanuelle.
Tanto os questionários quanto os inventários serão realizados em outras áreas, durante os dois anos previstos para a pesquisa.
Com os resultados, pretende-se dar sequência ao tema, estudando também a viabilidade econômica da extração de óleos.
"A gente acredita que estimular atividades produtivas que podem gerar um ganho econômico alternativo para as comunidades, por meio do manejo sustentável dos produtos florestais não-madeireiros, seja uma importante ferramenta para a conservação e valorização da floresta em pé", ressalta Emanuelle.
Andiroba: Árvore de crescimento rápido, até 30 m de altura, de casca grossa e amarga. Encontrada frequentemente formando associações.
Espécie de grande valor pela abundância e teor oleaginoso de suas sementes e largo uso de sua madeira. Caracteriza-se pelas grandes folhas pinadas, escuras e pendentes.
Possui quase sempre tronco ereto, cilíndrico sem defeito. Floresce de setembro a dezembro e frutifica de fevereiro a julho.
Copaíba: Árvore de grande porte com casca lisa, persistente, de 1 cm de espessura, distinta das espécies do mesmo gênero pelo agradável perfume da madeira (cheiro característico das copaíbas e forte odor de cumarina) e ainda pelo tamanho de suas flores, que no caso são maiores.
Produz um óleo mais aquoso e claro, de odor mais agradável que das outras espécies, sendo empregado pelos seringueiros como combustível nas lamparinas. (Portal Brasil com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Governo do Pará)