21/03/2015 13h00
Agência da ONU estima que a cada ano se perde entre 20% e 40% dos rendimentos globais de culturas devido a danos causados por essas pragas e doenças. Reunião da Comissão de Medidas Fitossanitárias acontece esta semana em Roma.
Medidas para prevenir que insetos, bactérias, vírus e plantas daninhas infestem as remessas de frutas e legumes e outros tipos de plantas e alimentos, e depois se espalhem pelo mundo, estão no centro do debate da reunião de quatro dias de especialistas internacionais, que começou no início desta semana na sede da FAO, em Roma.
A reunião anual da Comissão de Medidas Fitossanitárias (CMF), o órgão de governo da Convenção Internacional de Proteção Fitossanitária (CIPF), reúne os principais especialistas em sanidade vegetal dos 181 países membros desse tratado.
A tarefa da CMF consiste – entre outras questões – em revisar e estabelecer as normas internacionais para medidas fitossanitárias que regulam como devem se manipular as plantas e os produtos vegetais durante a circulação e o transporte.
Também procura formas de ajudar os países em desenvolvimento a melhorar a eficácia das organizações nacionais de proteção fitossanitária.
O objetivo das regras é minimizar os riscos de pragas de plantas que circulam através das fronteiras e regiões, no contexto do comércio mundial em constante expansão.
“O comércio agrícola internacional movimenta a cada ano 1,1 trilhão de dólares e mais de 80% do total corresponde a alimentos.
Neste mundo cada vez mais globalizado, temos de aumentar os nossos esforços para proteger a segurança dos alimentos e do meio ambiente, e garantir a segurança do comércio contra as pragas de plantas”, disse a vice-diretora-geral da FAO para Recursos Naturais, Maria Helena Semedo.
“Uma falha no monitoramento da disseminação de pragas e doenças de plantas pode ter consequências desastrosas para a produção agrícola e a segurança alimentar de milhões de agricultores pobres”, disse Semedo, em discurso aos participantes da reunião.
“Aprendendo com as experiências passadas” – acrescentou – “a prevenção é a primeira linha de defesa contra pragas e doenças das plantas, e também tem provado ser o mais rentável.”
A FAO estima que a cada ano se perde entre 20% e 40% dos rendimentos globais de culturas devido a danos causados por essas pragas e doenças.(nacoesunidas.org)