Dourados
22/03/2015 16h30
Equipamento de alta resolução poderá ser embarcado na próxima missão conjunta do 'Cbers-4A'. Objetivo é monitorar desmatamentos e expansão agrícola.
O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi, recebeu especialistas do Beijing Institute of Space Mechanical and Eletricity (Bisme), instituto chinês que atua no desenvolvimento de equipamentos espaciais.
Na oportunidade os visitantes apresentaram a câmera de alta resolução WPM, que pode ser embarcada na próxima missão conjunta Brasil-China, o satélite Cbers-4A. Discutiu-se também a possibilidade de cooperação entre as duas instituições.
Entre segunda (16) e terça-feira (17), aconteceram reuniões entre o grupo do Bisme e engenheiros da Coordenação do Segmento Espacial do Programa Cbers e também da equipe de Arquitetura do Programa Cbers.
Brasil e China realizam em parceria o programa de satélites de sensoriamento remoto (Cbers), que fornece dados para observação da Terra.
As imagens produzidas são usadas para monitorar desmatamentos e a expansão da agricultura e das cidades, entre outras aplicações.
Em dezembro último foi lançado o Cbers-4. Hoje, está em discussão uma nova missão, o Cbers-4A, equipado com cargas úteis (câmeras) fornecidas pelos dois países – a divisão de responsabilidade no desenvolvimento do satélite é de 50% para cada um.
Os governos do Brasil e da China assinaram em 6 de Julho de 1988 um acordo de parceria envolvendo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a Cast (Academia Chinesa de Tecnologia Espacial) para o desenvolvimento de um programa de construção de dois satélites avançados de sensoriamento remoto, denominado Programa CBers.
Com a união de recursos financeiros e tecnológicos entre ambos os países, num investimento superior a US$ 300 milhões, foi criado um sistema de responsabilidades divididas (30% brasileiro e 70% chinês), tendo como intuito a implantação de um sistema completo de sensoriamento remoto de nível internacional.
(Portal Brasil com informações da Agência Espacial Brasileira e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)