Dourados
24/03/2015 13h31
As discussões sobre as medidas provisórias (MP) que tratam do ajuste fiscal, dos cortes no Orçamento e da inviabilidade da extensão da política de reajuste do salário mínimo a aposentados e pensionistas, estarão na pauta de esforços dos governitas esta semana na Câmara. A informação é do líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE).
“A centralidade da semana é o debate que vamos iniciou ontem (23) sobre o ajuste. Vamos debater a exaustão as medidas provisórias e o projeto de lei [do ajuste], que tramita nesta Casa. É parte de um ajuste necessário para estabilizar a situação econômica do país.
É o grande debate que eu penso que o Congresso Nacional, as centrais sindicais e o governo deveriam iniciar”, disse.
De acordo com José Guimarães, o Ministério do Planejamento está analisando e avaliando onde o governo vai fazer cortes no Orçamento para reduzir o custo da máquina pública e sinalizar para a sociedade que o Executivo está fazendo a sua parte no ajuste fiscal para que o Brasil retome o crescimento.
Segundo ele, a presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira um corte “grande” nas despesas do governo.
“Foi cobrado da presidenta que era preciso o governo sinalizar cortes no Orçamento. Mas esses cortes não podem afetar as áreas sociais, o investimento público, principalmente as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Temos que cortar despesas de custeio de funcionamento, reduzir o custo da máquina pública para demonstrar para a sociedade que o governo está fazendo sua parte. O planejamento está analisando [os cortes], e será anunciado na hora que estiver definido”, disse.
O líder governista criticou a proposta de indexar a política de reajuste do salário mínimo aos aposentados e pensionistas. Segundo ele, a indexação é um risco grande para o país.
“Vamos discutir, francamente, com os líderes da base a questão da indexação da regra de ajuste do salário mínimo para os aposentados e pensionistas.
A presidenta Dilma foi a grande condutora dessa política de valorização do salário mínimo. Indexar isso é um risco grande e colocaria em risco o ajuste.
Por isso, vamos dialogar com os líderes mostrando que todos precisam ajudar a sinalizar que o Brasil continua no rumo da estabilidade e da retomada do crescimento”.(Agência Brasil)