10/04/2015 10h01
Base de dados fornecerá ajuda apropriada a governos afetados por emergências de larga escala; equipes internacionais poderão se registrar no programa e serão acionadas no caso de um desastre natural, por exemplo.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou na quarta-feira o primeiro registro para equipes que ajudam na resposta a desastres naturais.
Segundo os especialistas da agência, é necessária uma "nova abordagem radical" para salvar mais vidas em situações de emergência.
A base de dados que será coordenada pela OMS busca fornecer o "nível mais apropriado de ajuda de equipes médicas internacionais qualificadas". Essa ajuda será dada a governos de países que forem atingidos por emergências de larga escala.
Em Genebra, a OMS afirmou que busca evitar o "caos causado por centenas de voluntários bem-intencionados, que chegam em países em crise, onde há risco dessas pessoas serem mais um fardo do que uma ajuda".
Por exemplo, quando o Haiti foi atingido por um terremoto em 2010, centenas de voluntários chegaram à ilha para oferecer ajuda. O problema é que em meio ao caos no país, foi quase impossível coordenar as operações iniciais.
Agora, a OMS quer que todas as organizações internacionais se registrem para que os alertas possam ser coordenados de forma mais eficiente no futuro.
Segundo um dos coordenadores do projeto de dados globais da agência da ONU, Ian Norton, a organização busca fornecer um processo de resposta às populações afetadas por tsunamis, ciclones, enchentes ou epidemias de ebola e cólera.
A OMS espera que 150 agências de ajuda se inscrevam imediatamente e outras 400 façam o mesmo nos próximos anos.
De acordo com o novo sistema, apenas as organizações pré-registradas vão receber autorização para entrar no país que necessite de ajuda.
A agência explica que o registro global de agências de ajuda vai dar aos países pobres mais propensos a desastres naturais a confiança de investir em programas de saúde em vez de aplicar recursos em equipes de assistência a desastres, que podem não ser necessários por décadas.(Rádio ONU em Nova York)