Dourados
20/04/2015 09h50 - Atualizado em 20/04/2015 09h50
Douradosagora
O guardador de carros, José Fernandes de Freitas, 38 anos, foi condenado a 34 anos de prisão pela morte de um bebê de cinco meses. O Tribunal do Júri, na sexta-feira, arbitrou 27 anos e quatro meses pelo homicídio qualificado e mais seis anos e oito meses pela tortura da vítima, que ocorreu no dia 30 de setembro de 2013.
Segundo noticiado pelo jornal Douradosagora, naquele dia, por volta das 22h, a equipe Alfa do Samu foi acionada até a rua Ivinhema, na Vila Índio, para atender a ocorrência de um bebê que teria caído do berço.
A criança foi encaminhada ao Hospital da Vida e, devido à gravidade do quadro, transferido ao Hospital Universitário. Foi constatado durante exames que a criança não teria caído do berço; foi vítima de espancamento. Na manhã do dia seguinte, o bebê teve morte cerebral.
O Conselho Tutelar foi acionado e na companhia do Serviço de Investigação Geral (SIG) da Polícia Civil esteve na casa da mãe do bebê. Ao delegado Adilson Stiguivitis, a mulher contou que o filho havia sido espancado pelo homem para quem ela trabalhava, guardando carros em frente ao shopping.
Em troca de um abrigo, a ex-moradora de rua ajudava o suspeito a 'guardar' os carros e ficava na casa onde o homem vive com a esposa e filhos. Ela contribuía com uma parcela do dinheiro que arrecadava no trabalho. Sem ter para onde ir, a mulher aceitava as agressões. O recém nascido, filho de um presidiário, também passou a ser alvo do 'patrão' dela.
Na noite daquele domingo (30), o homem bateu na criança até que ela precisasse ser internada em estado grave. Funcionários do hospital se atentaram à situação e acionaram as autoridades. Na segunda-feira, o homem foi detido e enquanto era interrogado, recebeu a informação da morte do bebê.
