Dourados
22/05/2015 11h00
No mês de março, oito cortes ficaram mais caros em comparação com o mesmo período de 2014. Segundo dados do IPC, Índice de Preços ao Consumidor, em média o aumento foi entre R$ 2 e R$ 3 por quilo.
O consumidor está mais atento na hora de ir ao supermercado, principalmente na compra da carne bovina, muito comum no prato do brasileiro.
Mas com o aumento do preço, a sugestão dos economistas é procurar pelas promoções ou se for preciso, substituir por outros tipos de carnes.
No mês de março, oito cortes ficaram mais caros em comparação com o mesmo período de 2014. Segundo dados do IPC, Índice de Preços ao Consumidor, em média o aumento foi entre R$ 2 e R$ 3 por quilo.
Pessoas como o funcionário público Waldiner Limieri, de Araçatuba (SP), procuram promoções para consumir mais e economizar. “Saímos procurando as promoções que estão aparecendo.
É preciso pesquisar o preço e diminuir a quantidade de carne consumida em casa”, explicou o funcionário público.
Pelo menos duas vezes na semana o aposentado Jamir Terra vai ao açougue e como muitos ele não fica sem carne vermelha nas refeições, mas ultimamente os preços têm mudado a rotina na mesa da família.
“A carne em si mesmo, como o coxão mole. Meu salário não dá para comer carne de primeira”, afirma o aposentado.
Outra maneira de economizar é optar por outros tipos de carne, como o frango. Solução que a dona de casa Cléria Romão está fazendo.
“A gente substitui com o frango que está mais barato, verduras e outras coisas mais em conta. E consumir menos a carne para ver se os preços voltam a baixar”, diz Cléria.
A explicação para alta nos preços vem do campo. A baixa oferta de animais para abate é o principal motivo para os reajustes dos últimos meses, situação que tem provocado valores recordes na arroba do boi, que atualmente é comercializada há mais de R$ 150, 20% mais que no mesmo período do ano passado.
A explicação para este aumento segundo o dono de um açougue Reinaldo Carvalho está na falta do produto.
“Mais ou menos três meses a carne vem aumentando, variando entre 10% a 15%. Perguntamos qual é o motivo e eles respondem que é a falta de carne no Brasil todo.
Eles não conseguem comprar carne e quando conseguem pagam alto e nós temos que repassar o preço alto para os clientes”, explica o açougueiro.
Para atrair os clientes Reinaldo tem feito promoções, principalmente aos fins de semana. O contrafilé de R$ 24 cai para R$ 20.
O coxão duro de R$ 18 para pouco mais de R$ 15. A aposentada Ilda Lamera de Souza aproveita as ofertas.
Ela compra a carne vermelha, mas a preferência dela atualmente é o frango. “Aproveito para levar em grande quantidade o frango, em grande quantidade para não precisar fazer outra compra por pelo menos duas semanas”, disse a aposentada.
Segundo o Cepea, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, a carne de frango nunca esteve tão barata em relação à bovina.
Na prévia de abril, o preço médio da ave inteira resfriada alcançou quase R$ 3,39 o quilo. Mais de R$ 6 abaixo da bovina que é R$ 9,62, por isso, essa tem sido a opção da maioria dos clientes.
Em outro açougue a procura pela carne vermelha caiu quase 30%. Com isso as pessoas continuam mudando, procurando alimentos mais baratos.
“Devido ao aumento que está acontecendo diariamente o pessoal continua mudando, procurando mais frango, peixe entre outras coisas”, informa o açougueiro Cláudio Lopes.
Trocas que devem continuar nos próximos meses com pouco animal de corte no mercado e a desvalorização do real frente ao dólar, que no primeiro trimestre chegou a 20%, a carne vermelha deve ficar cada vez mais longe da mesa do brasileiro. (G1)
