Dourados
29/05/2015 11h12 - Atualizado em 29/05/2015 11h12
Flávio Verão
Manifestantes foram às ruas na manhã desta sexta-feira em Dourados protestar por melhorias na educação, reajuste salarial e contra lei de terceirização. Pelo menos 27 mil estudantes estão sem aula e cerca de 4,5 mil servidores públicos cruzam os braços no município. Bancários também aderiram ao movimento e as agências passam a abrir às 12h.
Em todo o país hoje é "Dia D" de manifestação da classe trabalhadora. Liderados pela Central única dos Trabalhadores (CUT), sindicatos de várias categorias decidiram paralisar as atividades. Em Dourados o movimento é comandado pelos cerca de 3 mil professores e administrativos das escolas estaduais, em greve desde quarta-feira, pelos 950 técnicos administrativos da UFGD e Hospital Universitário e cerca de 500 professores da UFGD, que entram em greve a partir de hoje.
As categorias se reuniram na praça Antônio João e por volta das 10h saíram às ruas. Estudantes também participaram do movimento, bem como o Movimento Popular, Sindicato dos Bancários. Professores de Caarapó, Douradina e Itaporã também confirmaram presença. Os professores da rede estadual cobram reajuste salarial não concedido pelo governo.
A professora Gleice Barbosa, membro da direção do Simted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação), diz que pelo menos 80% das 23 escolas mantém greve. Dourados tem cerca de 20 mil alunos na rede estadual. Na próxima segunda a categoria realiza assembleia para discutir o rumo da paralisação. "O governo tenta enfraquecer nosso movimento, mas somos uma categoria forte e atuante e vamos lutar pela educação", disse ela, que liderou o manifesto na manhã de hoje. Durante o protesto, alunos uniformizados gritavam: "Professor, é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo".
Na UFGD, maior universidade do interior do Estado, pelo menos 7 mil alunos estão sem aula a partir de hoje. O professor Fabio Perboni, presidente da ADUF (Associação dos Docentes da Universidade Federal), diz que somente a partir de segunda-feira é que será possível mencionar a quantidade de docentes que aderiram ao movimento. A UFGD tem aproximadamente 500 professores.
Já a categoria dos técnicos administrativos da UFGD conta também com servidores da Hospital Universitário. A categoria soma cerca de 950 funcionários que a partir de hoje reduzirão os serviços. No Hospital, cirurgias eletivas serão reduzidas e a meta é que 50% dos serviços sejam paralisados, com exceção dos setores de UTI e ginecologia.
