31/05/2015 06h13
Agência da ONU afirmou que a epidemia do tabaco é uma das maiores ameaças globais de saúde pública e mata 6 milhões de pessoas por ano; especialistas querem combater comércio ilegal no Dia Mundial sem Tabaco 2015, comemorado hoje 31 de maio.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou na quinta-feira que o consumo de tabaco e de seus derivados pode causar a morte de 1 bilhão de pessoas no século 21, dez vezes mais do que os 100 milhões de óbitos registrados no século passado.
A agência da ONU afirmou que a epidemia do tabaco é uma das piores ameaças globais de saúde pública e mata 6 milhões de pessoas anualmente.
Segundo a OMS, "se nada for feito, o número de mortes por ano deve chegar a oito milhões até 2030". O alerta foi dado pouco antes do Dia Mundial sem Tabaco, que é comemorado neste domingo, 31 de maio.
O foco deste ano está no combate ao comércio ilegal dos produtos derivados do tabaco. As autoridades dizem que "um em cada 10 cigarros consumidos no mundo é ilegal".
Os especialistas explicam que se o comércio ilegal do produto for eliminado isso pode gerar cerca de US$ 31 bilhões, o equivalente a R$ 97 bilhões, em impostos para os governos.
O dinheiro pode ser utilizado para melhorar a saúde pública, reduzir a criminalidade e cortar uma importante fonte de renda da indústria do tabaco.
A agência diz que aproximadamente 80% de um total de 1 bilhão de fumantes no mundo vivem em países de baixa e média rendas, regiões onde os registros das doenças causadas pelo tabaco e de mortes são muito mais altos.
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, pediu aos países que firmem o Protocolo para Eliminar o Comércio Ilegal de Produtos de Tabaco, que representa um instrumento para conter e eliminar essa sofisticada atividade criminosa.
Até agora, apenas oito países ratificaram o documento. São necessárias 40 ratificações para que o protocolo entre em vigor e se torne uma lei internacional.
Ele determina a implementação de várias medidas relacionadas ao fornecimento dos produtos derivados do tabaco, que inclui a licença de importação, exportação e fabricação do material.
O protocolo quer a criação de um sistema de rastreamento dos produtos e a imposição de sanções penais contra os responsáveis pelo comércio ilegal. Além disso, torna crime a produção ilegal e o contrabando do material através das fronteiras.
Segundo a OMS, os produtos ilegais são vendidos a preços muito mais baixos, consequente aumentando o consumo.
Os impostos e as políticas de preços para o material são vistos como os meios mais eficazes para se reduzir a demanda.(Rádio ONU em Nova York)