Dourados
02/06/2015 07h26 - Atualizado em 02/06/2015 07h26
Willams Araújo/ Conjuntura Online
Fragmentado, após ser derrota nas eleições para o governo de Mato Grosso do Sul em 2014, o PMDB se reuniu nesta segunda-feira para discutir o processo sucessório do ano que vem, quando planeja lançar candidatos a prefeito em Campo Grande e nos demais municípios do Estado.
Durante a reunião, ocorrida na sede do diretório regional, o partido decidiu mapear o Estado para medir a sua densidade eleitoral e saber onde é possível vencer as eleições municipais com candidato próprio e, se for o caso, apoiar eventuais aliados.
A disputa do ano que vem é a primeira prova de fogo dos peemedebistas depois que o PMDB perdeu o controle do governo do Estado.
Apesar de controlar o maior número de municípios do Estado, a cúpula partidária foca prefeituras estratégicas, como Campo Grande, Dourados e Três Lagoas, mas vai se esforçar para manter as cerca de 20 que ainda estão sob seu domínio.
O exemplo disso é que, durante a reunião, o PMDB incumbiu uma comissão de promover pesquisas de intenções de voto em 22 municípios com maior número de eleitores no Estado na tentativa de escolher os nomes viáveis dentro do grupo.
Principal liderança do partido no Estado, o ex-governador André Puccinelli ficou responsável por fazer esse levantamento na Capital, Dourados, Corumbá, Ponta Porã e Naviraí.
O deputado estadual Eduardo Rocha fará a sondagem na região de Três Lagoas, seu principal reduto eleitoral, incluindo Inocência, Cassilândia, Paranaíba e Água Clara.
A realização de pesquisas para aferir o potencial de seus pré-candidatos não é novidade nos quadros da legenda, isso porque há anos o próprio André Puccinelli adota esse critério em períodos pré-eleitorais.
A divisão interna no partido ficou evidenciada com a ausência do ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad. Descontente, alegando falta de empenho de correligionários na sua campanha fracassada ao governo estadual, ele estuda convites para migrar para outro grupo político.
O deputado estadual Marquinhos Trad é outro que analisa, inclusive judicialmente, a possibilidade de deixar o PMDB, legenda pela qual obteve a maior votação do Estado para a Assembleia Legislativa em 2014.
RIVAIS
Atualmente, sem o governo do Estado e a prefeitura de Campo Grande, o trunfo dos peemedebistas é derrotar seus principais rivais, o PSDB do governador Reinaldo Azambuja, usando como único meio estratégico a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Júnior Mochi.
A ideia do partido é reassumir o controle do governo do Estado, conforme o próprio André Puccinelli confessou em entrevista à imprensa da Capital na segunda-feira.
