Dourados
10/06/2015 18h00
Durante a Marcha a Brasília este ano, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) lançou o Guia Metodológico para Mobilidade Sustentável.
O material estimula a visão de cidade integrada e leva em conta aspectos ambientais, sociais e econômicos da região. Um de seus diferenciais é a participação da comunidade na construção das ações e planos.
A metodologia, denominada Smart, foi desenvolvida pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Desde então, tem sido replicada em vários locais ao redor do mundo.
Por meio de uma parceria com a CNM, foi criado o Projeto Movimente. A iniciativa, pioneira no Brasil, foi implantada no Município de Valparaíso de Goiás (GO).
O intuito era adaptar a metodologia para o contexto brasileiro e compreender como ela seria aplicada nos Municípios.
Valparaíso, por exemplo, enfrenta muitos problemas de Mobilidade Urbana devido aos constantes deslocamentos para o Distrito Federal e a via BR-040 que segrega a cidade.
Por meio do diálogo entre diversos atores locais, o Projeto Movimente serviu de estímulo para que novas soluções de Mobilidade fossem pensadas. A Confederação espera que o Guia possa ajudar outras cidades que também enfrentem problemas na área.
Como a entidade observa, os impactos da Mobilidade Urbana não afetam somente os Municípios de grande porte.
As cidades menores também sofrem, uma vez que já possuem o mesmo percentual da frota de motocicletas, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Ponto igualmente importante é a extinção do prazo para elaboração dos Planos Municipais de Mobilidade.
Cerca de 80% dos Municípios sem o plano são de pequeno porte, e a maioria não conseguiu cumprir o prazo encerrado em abril deste ano. A falta de recursos da União e a falta de equipe técnica são alguns dos fatores que prejudicam os entes federados.
Outro grande desafio é aplicar métodos participativos e práticos para o desenvolvimento soluções integradas para Mobilidade.
O engajamento de atores locais é vital para que as soluções não se resumam a obras de infraestrutura, já que a Mobilidade envolve serviços, atividades e desenvolvimento econômico local.(Agência CNM)
