16/06/2015 10h16 - Atualizado em 16/06/2015 10h16
Globo.com
Mais uma montadora teve de suspender a produção no Brasil. De ontem até o fim do mês de junho não vai sair nenhum carro das fábricas da General Motors, a GM.
Os funcionários entraram em férias coletivas, uma medida para tentar amenizar a trajetória de queda no emprego do setor.
As montadoras empregam hoje pouco mais do que empregavam em 2010. Nossos repórteres falam mais sobre a situação do setor em São José dos Campos (SP), São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, e em Gravataí (RS).
As férias coletivas começaram ontem e vão até o dia 28 de junho. Segundo o Sindicato da categoria, é uma tentativa de evitar demissões em massa não só na fábrica da GM, mas também nas empresas 17 empresas fornecedoras de peças de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre. A medida é um acordo entre as empresas e os trabalhadores.
A GM informou que a decisão é uma forma de ajustar o volume de produção ao mercado. Em outras palavras, as vendas caíram e o pátio da montadora está abarrotado de carros novos. Segundo o sindicato, a fábrica precisou até alugar espaços em cidades vizinhas para guardar o estoque. São José dos Campos/SP Na cidade, 1.700 trabalhadores entraram em férias coletivas nesta segunda-feira (15). Na mesma unidade, a montadora já tinha recorrido ao lay-off, como é chamada a suspensão temporária do contrato de trabalho: 780 funcionários aderiram a esse regime e vão receber salário e cursos profissionalizantes sem trabalhar até agosto, quando voltam à fábrica.
Também parou a unidade da GM em São Caetano do Sul, no ABC paulista. São quase 5.500 funcionários em férias coletivas até o fim do mês. O Sindicato dos Metalúrgicos calcula que, até lá, quase oito mil carros vão deixar de ser produzidos na fábrica, o que vai dar um alívio ao estoque. Juntas, as montadoras instaladas no Brasil acumulam 361 mil carros encalhados nos pátios e nas concessionárias.
É por isso que no ABC outras grandes tomaram medidas parecidas com as da GM: Volks, Ford e Mercedes reduziram a produção e a Fiat interrompeu por uma semana a produção na maior fábrica de veículos do país, em Betim, Minas Gerais.