08/07/2015 13h00
Foram acertadas cooperações com institutos brasileiros de pesquisa em áreas como engenharia de algoritmos, energias renováveis, solar e eólica.
A viagem da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, finalizada na quarta-feira (1) com a visita da comitiva brasileira à sede da agência espacial americana (NASA), resultará em avanços importantes para o progresso científico e tecnológico do País.
Como resultado de reuniões com representantes de centros de alta tecnologia, instituições de ensino e empresas, foram firmados sete acordos entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e universidades e centros de tecnologia americanos.
Em dos acordos com a Universidade da Califórnia dará impulso às atividades de pesquisa em áreas como engenharia de algoritmos, de energias renováveis, solar e eólica.
A comitiva reuniu-se ainda com representantes das universidades e centros de pesquisas de Berkeley e Stanford.
“A presidenta [da Universidade da Califórnia] Janet Napolitano demonstrou boa vontade e interesse em colaborar para que o Brasil amplie a sua presença na instituição e que seja também ampliado o intercâmbio de estudantes e pesquisadores", afirmou o ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo.
Aldo participou também de reunião com Eugene L. Tu, diretor do Centro de Pesquisas Ames da Nasa. Em pauta, as oportunidades de cooperação entre o Brasil e os EUA na área de pesquisa do centro espacial norte-americano.
Acompanhado do presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Coelho, o ministro conheceu o centro onde supercomputadores fazem simulações por meio de algoritmos, como, por exemplo, do comportamento de um lançador de satélites, onde todo o processo de combustão é estudado.
Dos sete acordos que o MCTI firmou com instituições dos EUA, quatro são para pesquisas na área aeroespacial.
Com a Nasa, as cooperações serão para ampliar as investigações sobre o clima espacial e global e da heliofísica, ciência que estuda o Sol, além de possibilitar que bolsistas do Ciência sem Fronteiras (CsF) participem do Programa de Estágio Internacional Nasa.
Segundo o presidente da AEB, os representantes da Nasa estão satisfeitos com os acordos firmados. "Eles estão animados com os acordos que assinamos por causa da possibilidade de contarem com estudantes brasileiros nos centros de pesquisa da Nasa. Há uma área de convergência especial entre o Brasil e os Estados Unidos".
O outro acordo na área espacial foi firmado com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (Noaa, na sigla em inglês).
Ficou acertada a instalação, no Brasil, de uma estação terrestre ligada ao Programa da Constelação do Sistema de Observação para Meteorologia, Ionosfera e Clima (Cosmic-2).
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) se compromete a adquirir, construir, instalar, operar e manter a estação em local a ser definido com a instituição parceira.
A ideia é que a infraestrutura entre em operação pelo menos seis meses antes do primeiro lançamento do programa, previsto para setembro de 2016.
Parceria entre EUA e Taiwan, o Cosmic-2 visa desenvolver, lançar e operar uma missão de satélites que suceda a primeira edição do Cosmic, no intuito de coletar dados troposféricos e ionosféricos como insumos para previsões de tempo diárias, estudos climáticos e pesquisa espacial.(Ministério de Ciência e Tecnologia)