09/07/2015 13h23 - Atualizado em 09/07/2015 13h23

Operação da Polícia Federal “cerca” mansão do ex-secretário Giroto

A operação “Lama Asfáltica”, deflagrada hoje pela Polícia Federal, cercou a residência do ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, também ex-secretário municipal de Obras de Campo Grande e do governo do Estado, e hoje assessor especial do Ministério dos Transportes. Os policiais também foram à empresa Proteco Construtora Ltda, à residência do empresário João Alberto Krampe Amorim (proprietário da Proteco) e à Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra).

Giroto falou sobre o caso com o Midiamax. “(...) Não tem mandado de prisão, nem nada. Só para ver se tinha documentos para esclarecer as investigações sobre a Proteco e sonegação fiscal do João Amorim. Não deixaram nem o menino que estava lá abrir a porta, entraram arrombando a porta. Não acharam nada, isso é circo puro”, reclamou.

Segundo noticiou o Douradosagora, a operação foi deflagrada em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e Receita Federal do Brasil (RFB). Cerca de 80 policiais federais, 13 servidores da CGU e 25 da Receita Federal participam da execução da Operação.

Estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e quatro ordens de afastamentos de servidores estaduais, expedidas pela 5ª Vara Federal de Campo Grande. Tais mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em um órgão público estadual, empresas que possuem contratos com o poder público e em residências dos envolvidos.

As investigações, iniciadas em 2013, apontaram para a existência de um grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturam obras contratadas com a Administração Pública, mediante a prática de corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos. A organização criminosa atua no ramo de pavimentação de rodovias, construção de vias públicas, coleta de lixo e limpeza urbana, entre outros.

Fiscalizações realizadas pela CGU e perícias efetuadas pela PF comprovam a existência de diversas irregularidades em obras executadas por empresas do grupo, através de fraudes na execução dos contratos. Foram identificadas vultosas doações de campanhas à candidatura de um dos principais envolvidos.