13/07/2015 08h38 - Atualizado em 13/07/2015 08h38
Investigação da Polícia Federal mapeou o rastro do dinheiro que teria sido entregue supostemente ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, por empresas que fraudaram a Petrobras. As irregularidades constam em dossiê da PF sobre supostas irregularidades de construtora em obra de refinaria em Pernambuco.
Segundo a polícia, o dinheiro passou por dois operadores da Operação Lava-Jato. Um deles, Milton Pascowitch,da empresa Jamp, disse em delação premiada, este mês, que o pagamento feito a José Dirceu era propina oriunda dos desvios da Petrobras.
Laudo da PF mostra que, de 2009 a 2014, durante a vigência do contrato de obras da refinaria, a Camargo Corrêa repassou R$ 67,7 milhões a duas empresas do consultor Julio Camargo, a Piemonte (que recebeu R$ 22,7 milhões) e Treviso (para a qual foram repassados R$ 45,048 milhões). Júlio Camargo já assinou um acordo de delação premiada com a Justiça e, em depoimento, confessou os crimes.
Conforme a Globo.com, o mesmo período, essas duas empresas depositaram R$ 1,375 milhão a Pascowitch. Ele afirmou ainda que era o próprio Dirceu quem fazia “insistentes” pedidos de dinheiro, necessários para garantir a manutenção dos contratos da Engevix com a Petrobras.