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terça-feira, 30 de abril de 2024

Servidores do Judiciário Federal entram no segundo dia de ‘apagão’

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21/07/2015 08h00 – Atualizado em 21/07/2015 08h00

Na Capital, Campo Grande (MS), os servidores sairão hoje em carreata às 13 horas. A concentração será na frente da sede da Justiça Federal, no Parque dos Poderes. Os manifestantes vão até o Forum Trabalhista, na Rua João Pedro de Souza, entre as ruas 14 de Julho e 13 de Maio

Flávio Verão

Servidores entram hoje no segundo dia do ‘apagão’ que paralisa 100% dos serviços no Judiciário Federal. Com o objetivo de pressionar a presidente Dilma Rousseff (PT) a sancionar o Projeto de Lei Complementar PLC 28/2015, que recompõe as perdas salariais de nove anos da categoria, os servidores decidiram cruzar totalmente os braços por dois dias – ontem e hoje. Compõem o judiciário federal, servidores da Justiça do Trabalho, Justiça Federal, Tribunal Regional e Justiça Militar. Somente casos de urgência e processos com prazos em curso são atendidos em parte das esferas federais.

O ato é nacional e as categorias fazem mobilizações em frente às sedes de cada entidade. Em Dourados, a Justiça do Trabalho paralisa as atividades pela primeira vez, diferentemente das demais categorias.

“Passamos a conversar com a população e explicar nossa luta e a necessidade do apoio, já que o governo coloca a opinião pública contra a gente. Sabemos que se não chamarmos a atenção da população e do Governo para a importância do nosso trabalho, ele não vai perceber o que é passar nove anos sem conceder reajuste para uma categoria”, relata a servidora da Justiça do Trabalho, Regina Célia Giacomet.

O coordenador do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União em Mato Grosso do Sul (Sindjufe/MS), Antônio César Amaral Medina, está em Brasília reunido com demais representantes sindicais. “Estamos em manifesto nesses dois dias de “apagão” para pressionar a presidente a provar o a PLC 28/2015”, disse ao Dourados Agora.

Na Capital, Campo Grande (MS), os servidores sairão hoje em carreata às 13 horas. A concentração será na frente da sede da Justiça Federal, no Parque dos Poderes. Os manifestantes vão até o Forum Trabalhista, na Rua João Pedro de Souza, entre as ruas 14 de Julho e 13 de Maio.

Ele afirma que todos os estados aderiram à greve e lutam em defesa da autonomia do judiciário e contra o congelamento salarial que se estende a quase uma década. Em Mato Grosso do Sul, segundo Medina, o sindicato se reuniu com os servidores de todos os municípios que concentram o judiciário federal e a adesão da categoria é maciça.

O Senado aprovou a PLC no dia 30 de junho e a proposta estabelece reajuste escalonado de 59,49% para os funcionários do Poder Judiciário. Pelo texto aprovado, o reajuste vai variar de 53% a 78,56%, a depender da classe e do padrão do servidor. Essa proposta deve ser sancionada ou vetada pela presidente Dilma até hoje, considerando o prazo de 15 dias úteis após a aprovação. Parte da categoria está em greve há 41 dias e aguarda esta decisão. “Caso a presidente vete, iremos nos reunir e pensar em outras ações que podem ser mais rígidas”, acrescenta Medina.

Em declarações recentes, após a aprovação do projeto pelo Congresso Nacional, Dilma classificou de “lamentável” o resultado e disse ser “insustentável” os “níveis de aumento considerados por ela tão elevados”.

Servidores da Justiça federal em paralisaçãoFoto: Hedio Fazan

Regina, da Justiça do Trabalho, diz  que o governo coloca a opinião pública contra os servidores

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