Dourados
28/07/2015 10h29
O consumo de etanol hidratado pelos veículos flex segue batendo recordes. Impulsionado pela retomada da cobrança da Cide sobre a gasolina e pela redução do ICMS de Minas Gerais sobre o biocombustível, o crescimento atingiu 56% em junho, na comparação com o mesmo período de 2015.
Foram vendidos pelas distribuidoras de combustíveis 1,487 bilhão de litros de etanol hidratado, o maior volume já comercializado para o mês de junho. No mesmo período do ano passado, foram negociados 951 milhões de litros.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (22) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Anteriormente, a marca recorde para o mês de junho foi registrada em 2009, com 1,371 bilhão de litros. Em 2010 houve uma pequena redução para o mês e de 2011 até 2014 o mercado se manteve limitado a 1 bilhão de litros ou menos.
Em relação a maio, quando foram comercializados 1,432 bilhão de litros (também com recorde para aquele mês), houve crescimento de 4%.
Este ano, somente abril registrou um consumo maior de hidratado (1,498 bilhão de litros) do que o verificado no mês passado.
O mercado de combustíveis de ciclo Otto, que inclui gás natural, além da gasolina e do etanol, cresceu 3% no semestre em comparação ao mesmo período de 2014. Já o mercado global de combustíveis avançou em meros 0,3%.
No acumulado do primeiro semestre o consumo de hidratado é 38,3% superior ao mesmo período de 2014. Este ano já foram comercializados 8,386 bilhão de litros, em comparação aos 6,064 bilhões de litros registrados até a metade de 2014.
No confronto direto entre etanol e gasolina pela preferência do consumidor, o renovável alcançou 30,8% do mercado, o maior índice do ano. Em maio, a fatia era sutilmente inferior, de 30,4%.
Por estado, as maiores participações do etanol foram verificadas em São Paulo e Mato Grosso, onde o renovável de cana abocanhou 50,5% e 54,4%, respectivamente.
O etanol anidro, que compõe 27% da gasolina C comercializada pelas distribuidoras, totalizou 835 milhões em junho, queda de 3,3% na comparação em base anual. Comparado a maio, houve crescimento de 2%.
O comportamento acompanha a venda de gasolina C, que em junho foi de 3,341 bilhões de litros. No acumulado do ano, a gasolina perdeu 5% de espaço, totalizando 20,437 bilhões de litros no período.(novaCana.com)