Dourados
04/08/2015 18h06 - Atualizado em 04/08/2015 18h06
Da redação
O deputado estadual José Carlos Barbosinha (PSB) utilizou a tribuna durante a sessão desta terça-feira (4) para criticar o tabelamento dos preços dos combustíveis por parte dos postos de Campo Grande, que elevaram a gasolina em mais de 21% no final da última semana. De acordo com Barbosinha, o encerramento das promoções e o aumento do combustível nos postos em geral deixam implícita uma suposta formação de cartel.
“Os postos de combustíveis se organizaram e baixaram os preços, e em menos de um mês elevaram esses valores, isso sinaliza a existência de cartelização”, assinalou o parlamentar. Em Campo Grande, a gasolina que estava sendo vendida por menos de R$ 2,90 até semana passada, hoje chega a custar mais de R$ 3,49. Já o etanol que antes estava R$ 2,02, agora é comercializado a R$ 2,25. Seguindo a tendência, o preço do diesel passou de R$ 2,89 para R$ 2,96, mesmo diante da redução da pauta do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) determinada pelo Governo de Mato Grosso do Sul.
Barbosinha tem discutido esse tema constantemente na Assembleia Legislativa, por afetar diretamente o bolso da população. “Essa Casa de Leis está atenta aos direitos dos consumidores, uma vez que trabalhou em parceria com o governo do Estado para baixar os preços e aí vem o fornecedor se aproveitar para aumentar sua margem de lucro. À medida que se baixa o ICMS e a pauta, o preço na bomba também deve ser reduzido”, enfatizou o deputado, que é proponente de uma audiência pública que será realizada no dia 10 de setembro para discutir o assunto.
Com o nome “Preço dos combustíveis: Queremos saber a verdade”, o debate tem como foco levantar a questão do abuso nos valores praticados nos municípios de Mato Grosso do Sul, principalmente nos postos da cidade de Dourados, onde o preço registrado é ainda maior que o da Capital. “Surgindo evidências de formação de cartel, há a possibilidade de instalarmos uma CPI para investigar”, adiantou o deputado.
