11/09/2015 06h27
Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde, OMS, lançado esta terça-feira, afirma que a mortalidade infantil caiu para menos da metade desde 1990.
Segundo o documento, o número de mortes de crianças com menos de cinco anos passou de 12,7 milhões, há 25 anos, para 5,9 milhões agora em 2015.
Apesar do progresso, o relatório alerta que 16 mil menores de cinco anos morrem diariamente no mundo, pouco mais de 11 por minuto.
Mesmo com uma redução de 53% na taxa de mortalidade, a OMS diz que O avanço não é o suficiente para atingir a Meta do Milênio que determina uma diminuição de dois-terços das mortes entre 1990 e 2015.
O documento divulgado pela OMS contou também com a participação do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef; do Banco Mundial e do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais, Desa.
A vice-diretora executiva do Unicef, Geeta Rao Gupta, afirmou que um número muito grande de crianças ainda morre de doenças que poderiam ser evitadas.
O relatório mostra que o maior desafio continua sendo o período que vai do pré-natal e até após o parto. Segundo a OMS, 45% dos óbitos de menores de cinco anos ocorrem nos primeiros 28 dias de vida do bebê.
As causas mais comuns são: prematuridade, pneumonia, complicações durante o parto, diarreia, infecção generalizada e malária. Quase metade das mortes estão associadas à desnutrição.
Os especialistas disseram que a maioria dos óbitos poderia ser facilmente evitado por intervenções médicas já disponíveis.
Segundo o relatório, o índice de redução da mortalidade infantil pode ser acelerado de forma considerável se os esforços forem aplicados em regiões que apresentam as maiores taxas, como a África Subsaariana e o sul da Ásia.
A África Subsaariana é a região do mundo com o maior índice de mortalidade entre crianças menores de cinco anos de idade: uma em cada 12. A média entre os países de alta renda é de uma morte entre 147 crianças.(Rádio ONU em Nova York)