21/09/2015 09h09 - Atualizado em 21/09/2015 09h09
Um forte tremor de magnitude 6,2 na escala Richter atingiu hoje (21) a área central do Chile, informou o Instituto Sismológico do país. Até agora, não há registro de vítimas ou danos materiais.
O terremoto teve o epicentro a 27 quillômetros (km) de Los Vilos, a 190 km de Santiago e a 10 de profundidade.
De acordo com o Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha, o tremor não tem características para provocar um tsunami.
O terremoto é uma réplica do anterior, de magnitude 8,3, que atingiu a mesma região do país no dia 16, gerando um alerta de tsunami e deixando 13 mortos e cinco desaparecidos.
Mais de 9 mil pessoas ficaram sem casas com o tremor de quarta-feira. O número de desalojados estimado inicialmente era 3.500, mas subiu depois que as autoridades chegaram às vilas remotas da região de Coquimbo, a mais de 260 km de Santiago, onde foi localizado o epicentro do terremoto.
Em férias no Chile, o analista de sistemas brasileiro Vinicius Sandin disse que o alerta de tsunami após o terremoto do dia 16, assustou os turistas. “Até a parte do tremor, foi relativamente tranquilo.
O problema foi quando começaram a soar aquelas sirenes de alerta de tsunami na cidade”, contou o brasileiro em entrevista à Agência Brasil. “Foi um caos total para sair da cidade. As ruas estavam todas paradas. Os ônibus pararam para as pessoas descerem. Foi bem caótico”, acrescentou o turista que estava na cidade litorânea de Viña del Mar (a cerca de 100 quilômetros de Santiago).
As autoridades chilenas emitiram o alerta de tsunami para toda a costa do país após a ocorrência de um tremor de magnitude 8,3 na escala Richter, às 19h54 daquele dia. O abalo sísmico provocou a retirada de cerca de 1 milhão de pessoas das suas casas e causou pelo menos dez mortes.
Vinicius Sandin já voltou a Santiago, cidade por onde entrou no país com a namorada no último sábado (12). “Chegamos a Santiago ontem à noite. [Estava] aparentemente tudo normal. O pessoal que mora aqui está todo mundo tranquilo. Só os turistas mesmo que estão mais assustados”, relatou o brasileiro. Segundo ele, houve réplicas do terremoto durante a noite.
O analista disse que, na hora do abalo, saiu do café onde estava e foi para a rua. “A gente saiu para uma área externa, ficamos na rua. A cidade inteira, estava todo mundo na rua. Todo mundo saiu dos prédios, dos comércios”, contou. Quando começaram a soar os alertas de tsunami, com sirenes e mensagens de celular a situação ficou mais tensa. “Eles têm um protocolo para evacuar a cidade em casos de alerta de tsunami”, ressaltou o brasileiro, que é natural de Franca (SP), mas vive em Brasília. . (Agência Lusa - Agência Brasil)