24/09/2015 15h33 - Atualizado em 24/09/2015 15h33
Da redação
O advogado Rogério Batalha, do Coletivo Terra Vermelha, acompanhava a sessão da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (24) ao lado de 200 indígenas e integrantes de movimentos populares para o lançamento da campanha Nós Queremos CPI do Genocídio. Ao término da sessão, ele se dirigiu ao pátio de entrada da Assembleia e enquanto conversava com jornalistas e indígenas foi abordado por um segurança que o deu voz de prisão.
O segurança não ofereceu uma razão determinada para o ato. Rogério o questionou e teria sido agredido e empurrado para dentro do prédio da Assembleia, contra a vontade. O advogado teve a camisa rasgada, o óculos despedaçado e escoriações por todo o corpo.
Os parlamentares Pedro Kemp e João Grandão intervieram e impediram a prisão. O segurança chegou a pedir desculpas pelo ato de violência e que Rogério não seria mais preso. Em seguida, o advogado se dirigiu ao Distrito de Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência e fazer exame de corpo de delito.
Rogério está citado na CPI do Cimi, de autoria da ruralista e deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB). Há mais de uma década, também como assessor jurídico do Cimi, o advogado trabalha junto aos povos indígenas na defesa de seus direitos garantidos pela Constituição Federal.
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa criou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de que o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) estaria financiando e incentivando as ocupações indígenas no estado.