29/09/2015 08h00
Os donos ou as donas de casa que vão aos supermercados e feiras para comprar determinada fruta, por exemplo, muitas vezes nem imaginam o cuidado necessário para que o alimento chegue até a mesa de casa.
Para entender melhor como é feita essa fiscalização, o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Luís Eduardo Rangel, apresenta os três principais passos necessários para que a fiscalização seja realizada com sucesso e, assim, possa garantir a qualidade dos vegetais.
O primeiro passo é a Análise de Risco de Pragas (ARP). Esse é um instrumento utilizado oficialmente para proteger o agronegócio nacional das possíveis introduções de pragas no país.
É um procedimento reconhecido pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e adotado pelos países signatários da Convenção Internacional de Proteção de Plantas (Cipv).
Atualmente são ao todo quase 500 pragas quarentenárias registradas. São feitas duas formas de vigilância dessas pragas.
A primeira é a vigilância ampla, feita por meio de fiscalização em aeroportos, portos, postos e fronteira e aduanas especiais.
O Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), atua na inspeção e fiscalização do trânsito internacional de vegetais, seus produtos e subprodutos.
A segunda forma é a vigilância específica, que atua com base em áreas que têm determinada praga ou risco já previamente identificado.
Esses são procedimentos feitos a partir de um alerta de praga. Após o alerta é feita a identificação da praga por meio de um processo de diagnóstico.
O processo de pesquisa pode ser feito nas unidades do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), do Mapa, ou em outros laboratórios credenciados.
Assim a praga pode ser contida, erradicada ou, caso se estabeleça, podem ser definidas técnicas de controle sempre dentro do contexto do Manejo Integrado de Pragas.(Min. da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)