21/11/2015 07h29 - Atualizado em 21/11/2015 07h29
Flávio Verão
Com a proximidade do final de ano aumentam os acidentes em todo o país. Isso obriga os hemocentros ampliarem a capacidade de bolsas de sangue. Em Dourados não é diferente e com um estoque baixo, a entidade solicita doadores. O problema se esbarra na falta de estrutura.
Esta semana a vereadora Virgínia Magrini (PP) esteve no hemocentro de Douraods, responsável pelo Cone-Sul. Em contato com a biomédica da unidade, Márcia Regina Miranda, ela foi informada que o hemocentro atende aproximadamente 900 doadores mensais, mas, necessita aumentar a demanda e poderia atender até 80 doadores por dia, caso o número de funcionários aumentasse.
Segundo a vereadora, a biomédica informou que o hemocentro tem capacidade para o armazenamento de mais bolsas, mas faltam doadores. Por conta disso, o estoque está em baixa, sendo preciso recorrer a Campo Grande. Informou também que a estrutura do hemocentro é mantida pela Secretaria de Saúde do Estado, mas seria necessário que a prefeitura de Dourados apoiasse.
No ano passado o governo do estado fez concurso público para contratação de servidores aos hemocentros em Mato Grosso do Sul, mas nenhum foi chamado.
Em Dourados a unidade funciona das 7h às 12h, de segunda sexta, e geralmente no último sábado de cada mês, quando muitas pessoas optam pela doação e a espera para doar chega até 4 horas.
"Diante dessa situação vou encaminhar na próxima sessão da Câmara um requerimento ao Governo do Estado questionando sobre o concurso público e sobre a máquina de aférese, que chegou a ser encaminhada ao município, mas voltou para Campo Grande, devido à falta de treinamento dos funcionários", diz a vereadora.
Esse equipamento seria importante para otimizar os serviços do hemocentro, mas por falta de gestão não permaneceu em Dourados. Com a oférese é possível retirar apenas as plaquetas do sangue, cuja reposição é feita naturalmente pelo organismo em até 48 horas, permitindo que a pessoa doe novamente em 72 horas.
Uma doação por aférese contém 8 vezes mais plaquetas do que numa doação tradicional, feita em Dourados. O equipamento viria para ampliar o atendimento de pacientes que precisam de grande quantidade de plaqueta, dentre os quais àqueles que sangram devido a baixa contagem de plaquetas por causa de leucemias, câncer, anemia aplástica, quimioterapia, radioterapia, entre outras doenças.