O atendimento será por meio de telefone 0800 e servirá para orientar os agentes de endemia, os agentes comunitários e os militares nas atividades de eliminação dos focos
Ministério da Saúde - 06/02/2016 09h00
Os agentes comunitários de saúde, agentes de combate às endemias e os militares têm um novo canal de informações para o combate ao Aedes aegypti: o telefone 0800 645 3308.
O serviço, disponível desde de segunda-feira (1º), oferece suporte para esclarecimento de dúvidas sobre identificação de focos do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, além da mobilização da população para o enfrentamento ao vetor.
“A iniciativa visa à expansão dos canais e meios de comunicação entre profissionais e gestores, para oferecer acesso rápido e de qualidade com orientações sobre a assistência à saúde, adoção de práticas para impedir a proliferação do mosquito, ampliando a autonomia das equipes”, ressalta o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.
O esclarecimento pelo 0800 ocorrerá de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30, pela central TelessaúdeRS, que integra o Programa Telessaúde Brasil Redes do Ministério da Saúde.
Pelo telefone, os profissionais poderão tirar dúvidas sobre procedimentos a serem adotados pela população, como, por exemplo, o uso de telas em portas e janelas, repelentes, inseticidas e roupas que reduzam a exposição de partes do corpo ao mosquito.
Além disso, será possível esclarecer sobre como realizar de forma mais prática e rápida as ações para identificação de focos e para combate ao Aedes.
O contato pelo 0800 já é utilizado por médicos e enfermeiros da Atenção Básica, incluindo os participantes do Programa Mais Médicos.
Para esses profissionais, o atendimento é feito pelo 0800 644 6543, por meio do registro de identificação profissional e da Unidade Básica de Saúde que o profissional está vinculado.
Pelo telefone, são reforçadas as orientações sobre a utilização de serviços de saúde para o atendimento aos casos suspeitos e demais orientações para população sobre diagnóstico e tratamento das doenças causadas pelo mosquito e a microcefalia, além de outras dúvidas clínicas.
Está disponível desde a última sexta-feira (29) um curso de atualização sobre dengue, chikungunya e zika vírus para auxiliar no combate ao Aedes.
Além dos profissionais de saúde e membros das Forças Armadas, as pessoas que estiverem interessadas em ampliar os conhecimentos sobre as doenças e como eliminar o mosquito também podem ter acesso ao material. Com linguagem simples e de fácil entendimento, o módulo é realizado pela internet.
O curso tem 16 horas de duração e terá certificação ao final. Para acessar o conteúdo, é preciso fazer um cadastro na página da AVA-SUS ou do Telessaúde do Rio Grande do Sul e começar as aulas virtuais.
A expectativa é de que, pelo menos, os mais de 300 mil agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias atualizem-se pela plataforma.
No campo da formação, o Ministério da Saúde vem promovendo ações destinadas à qualificação profissional para diagnóstico e manejo de dengue, chikungunya e, em breve, zika vírus.
As ações mais importantes nesta área são os cursos autoinstrucionais ofertados pela Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), plataforma de educação a distância formada por universidades de referência e coordenada pelo governo federal. Os cursos de dengue e chikungunya já são oferecidos de forma permanente e têm como público-alvo profissionais de saúde de nível superior.
Para dengue, o enfoque é a identificação do risco de casos suspeitos e a adoção das condutas corretas diante das diferentes situações clínicas, visando à redução de complicações.
O módulo de chikungunya, lançado em dezembro de 2015, é composto por informações sobre epidemiologia, quadro clínico, diagnóstico, ações de vigilância e organização dos serviços de saúde, além de abordar casos clínicos, nos quais o profissional é estimulado a refletir sobre a melhor conduta para realizar o manejo de pacientes com suspeita da doença.
Já o curso sobre zika vírus está previsto para ser lançado este mês, com duração de 40 horas. Os módulos são: aspectos epidemiológicos, promoção à saúde e prevenção de infecção por zika vírus; quadro clínico e abordagem a pessoas infectadas com zika vírus; os cuidados com as gestantes com suspeita ou confirmação de infecção por zika vírus e do recém-nascido com microcefalia; e vigilância da infecção por zika vírus e suas complicações.