Aprovado pela Anvisa, o produto tem fonte natural e não é tóxico aos humanos, aos animais e às plantas
Rádio Nacional de Brasília / Revista Brasília - 08/02/2016 10h28
Um larvicida biológico, desenvolvido no Rio Grande Sul, promete ser uma nova arma contra o mosquito Aedes Aegypti.
Aprovado recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso doméstico, o produto não é tóxico aos humanos, aos animais e às plantas.
O pesquisador, Fernando Kreutz, que esteve à frente do desenvolvimento do produto explicou que é o primeiro larvicida biológico contra o mosquito que causa a dengue, a febre chikungunya e zyka.
"O larvicida biológico é um produto inédito no Brasil, é uma estratégia que visa eliminar as larvas do mosquito, de uma forma em que consegue controlar o número de mosquitos que está criando esta guerra no país", disse Kreutz ao Revista Brasília.
Esse produto parte de uma bactéria de solo, encontrada na natureza e ao ser fermentada na indústria produz uma proteína chamada Cry que se torna tóxica somente ao mosquito e acaba matando o inseto.
"Então ele é um produto totalamente inofensino e seguro, tanto para plantas, animais e para os humanos, mas que mata especificamente as larvas do mosquito", acrescentou o pesquisador.
Segundo o pesquisador, como o produto é vendido em supermercados, para aplicá-lo não é necessária uma ação governamental ou a presença de um agente de saúde. "Basta ir ao supermercado e colocar o produto nas nossas residências, assegurando que não vai crescer as larvas do mosquito", ressaltou.