Dourados
A Reserva Indígena tem uma população de mais de 17 mil guarani, cauiás e terenas. São 6.125 eleitores aptos a votar nas próximas eleições. A comunidade, que vota, tem uma longa lista de reivindicações, como água potável e a revitalização de estradas vicinais que hoje estão intrafegáveis e emperra o trânsito, inclusive de ambulâncias.
A Reserva Indígena tem uma população de mais de 17 mil guarani, cauiás e terenas. São 6.125 eleitores aptos a votar nas próximas eleições. A comunidade, que vota, tem uma longa lista de reivindicações, como água potável e a revitalização de estradas vicinais que hoje estão intrafegáveis e emperra o trânsito, inclusive de ambulâncias.
Por: Maria Lucia Tolouei - 03/05/2016 06h31
fotos e vídeo: Cido Costa
Indígenas residentes na Aldeia Bororó estão sem água há semanas, em Dourados. Bomba queimada e escassez de instalações impedem a água chegar nas casas das famílias.
Mulheres, homens e crianças apelam para o balde e garrafas para armazenar água que buscam em córregos e minas quase secas. A chuva da última semana amenizou o problema mas não resolveu.
As famílias aproveitam para coletar água em tanques, tambores e caixas desativadas. E quando o caminhão-pipa chega, enviado pela prefeitura, a correria é grande para abrir torneiras. "Mas não dá para todos", conta o guarani Carlos Antônio Duarte, o popular Piririta, de 54 anos, casado e pai de cinco filhos.
Piririta, que acionou o Douradosagora na tarde de ontem, diz que a situação é crítica. "A gente usa até a última gota, se não serve para beber, usa para lavar ou para os animais. Não perde nada!", diz Piririta.
Segundo ele, lideranças da Reserva Indígena se reuniram, várias vezes, com representantes da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) que prometerem providências para resolver a situação que penaliza os indígenas, especialmente crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
Duarte diz que antigamente os poços artesanais eram a solução. Mas hoje, com promessa de se implantar o saneamento básico nas aldeias, mananciais foram abandonados e a água secou.
"Agora não pode abrir poço, que é tradição do índio, é proibido. Dizem que a água é contaminada, dá doenças. Tem o saneamento básico, não para nós aqui", desabafa Duarte.
A Reserva Indígena tem uma população de mais de 17 mil guarani, cauiás e terenas. São 6.125 eleitores aptos a votar nas próximas eleições.
A comunidade, que vota, tem uma longa lista de reivindicações, como água potável e a revitalização de estradas vicinais que hoje estão intrafegáveis e emperra o trânsito, inclusive de ambulâncias.
De acordo com Duarte, no quesito segurança, ele acredita que melhorou com a presença ostensiva de policiais militares do 3º Batalhão de Polícia Militar.
"Falta, agora, uma coisa fundamental para a vida, água", arremata o guarani Carlos Antônio Duarte, o Piririta.
