"Ciência no Boteco": Pesquisadora fala sobre produtos inteligentes e conectados

Por: Douradosagora - 25/05/2016 09h50

Você sai de casa para trabalhar e recebe uma mensagem no celular: É a sua geladeira. Ela lembra que você deve passar no mercado porque o leite e os ovos acabaram. Isso é possível? Segundo a professora do curso de Engenharia Física da UEMS e coordenadora do "Pint of Science" (Ciência no Boteco), Isis Faria, isso já é possível.

Os "produtos inteligentes e conectados" já são uma realidade mundial e uma tendência nacional. A pesquisadora falará sobre esse assunto nesta quarta-feira (25), durante o evento. O bate-papo científico será a partir das 19h30, na JK Espetaria. Dourados está entre as sete cidades brasileiras que sediam o Pint of Science.

A expressão "internet das coisas" surgiu para refletir o crescimento do número de produtos inteligentes e conectados produzidos no mundo. Segundo a pesquisadora, a transição para a internet 5G vai fortalecer essa tendência, já que as pessoas vão poder gerenciar as coisas à distância. "Por exemplo, eu vou poder monitorar a minha casa por um aplicativo no celular, ou no tablet, saber o que tem e o que falta, o que está aberto ou fechado, o que está ligado ou desligado sem estar na minha casa", explica.

Essa tendência de produtos inteligentes e conectados afeta diretamente as indústrias, o mercado e, consequentemente, a economia. Nesta semana a revista "Época Negócios" publicou matéria que informa que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o Ministério das Comunicações, abriu uma chamada pública para a realização de um estudo técnico sobre o potencial da internet das coisas no Brasil.

Ainda segundo a pesquisadora, as universidades também são afetadas e participam, ativamente, dessa mudança. "A indústria precisa das pesquisas para desenvolver novas tecnologias, novos hardwares, novos aplicativos de softwares para a fabricação desses produtos".

Graduada em Física pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pós-graduanda em Ensino de Física pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Atua como professora nos cursos de Engenharia Física e Física (Licenciatura) na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Também atua na área de Tecnologia da Informação desenvolvendo ferramentas computacionais para instrumentação e telemetria.

O evento

O Brasil é o único país da América Latina a participar da iniciativa, realizada simultaneamente em outros 11 países. Dourados é a única cidade da região Centro-Oeste a receber o evento. Durante as três noites do festival, cientistas de várias partes do mundo saem de seus laboratórios para mostrar o que pesquisam e qual o impacto disso na vida das pessoas.

Serviço

Dia: 25/05/2016

Horário: A partir das 19h30

Local: JK Espetaria

Endereço: Avenida Weimar Gonçalves Torres, 1.200 - Jardim Tropical.