Dourados
Moradores na parte mais baixa do bairro, que antes era um varjão, reclamam que já perderam tudo, desde eletroeletrônicos e móveis a roupas, documentos e gêneros alimentícios.
Por: Maria Lucia Tolouei - 22/07/2016 08h43
vídeo e fotos: Cido Costa/Douradosagora
Proprietários de imóveis nas imediações de um trecho do Córrego Rego D´Água, na Vila Erondina I, estão cansados de lutar contra a sujeira que invade casas durante a temporada de chuva.
Moradores na parte mais baixa do bairro, que antes era um varjão, reclamam que já perderam tudo, desde eletroeletrônicos e móveis a roupas, documentos e gêneros alimentícios.
Em entrevista ao Douradosagora, o serralheiro Celso Siqueira Silva, de 55 anos, morador ali desde 1984, conta que o terreno que adquiriu na rua Tietê com Salviano Pedrozo hoje não tem acesso à residência.
"Com a abertura deste desvio do córrego, anos antes, perdi a esquina e ganhei muito trabalho para evitar problemas", diz Silva que vive roçado e tirando entulhos que degradam o meio ambiente.
Silva afirma que, desde a gestão do então prefeito Braz Mello, não houve limpeza naquele trecho compreendido entre as ruas General Osório e Belo Horizonte.
"Eu limpo, roço, se alguém dizer que faz isso, não é verdade. Durante estes anos todos, eu tenho tirado toda sujeira debaixo dessa ponte [situada na Rua General Osório] que fica nos fundos da minha casa; caso contrário, seria pior ainda", reafirma.
O serralheiro e vizinhança estão cansados de esperar pelo calçamento ao redor da margem do Rego D´Água, no trecho entre as ruas Tietê e Eulália Pires, o que evitaria o acarreamento de sujeira para o leito do córrego que, via de regra, transborda quando chove e invade uma quadra de casas.
"A sujeira da cidade desce para cá e a enxurrada chega os fundos do meu quintal. Teve casa, aqui, onde a água suja chegou a um metro de altura e carregou tudo. A vizinhança vive perdendo o que tem. Pagamos impostos, que são caros, e não temos benefícios", reclama Silva.
