Dourados
Segundo ele, pais e filhos estão recorrendo à água suja em lagoa localizada nos fundos da Aldeia Bororó. "Bebem água parada, contaminada e as crianças ficam doentes", contam as lideranças que estão na saída de Dourados, para organizar o ato de fechamento da rodovia MS 156. "Se isso acontecesse na cidade, seria calamidade pública", certo?. questiona o líder terena Valdemir Ribeiro. Os indígenas estão inconformados com a situação das famílias que passam sede e se sujeitam a cozinhar, lavar roupa e beber água parada.
Frente a promessa de deputado, indígenas aguardam até quarta-feira pela chegada da frente de obra para cavar poços. Se não acontecer, estrada será bloqueada
Por: Maria Lucia Tolouei - 25/07/2016 07h47
Lideranças indígenas das Reserva de Dourados encabeçam um manifesto para chamar a atenção do poder público para a escassez de água potável nas aldeias. Juntas, a Bororó e Jaguapiru reúnem uma população estimada em 17 mil pessoas das etnias caiuá, guarani e terena.
Em entrevista, esta manhã, ao Douradosagora, o líder terena Pastor Valdemir Ribeiro diz que eles terão uma reunião para decidir os rumos da manifestação que inclui o fechamento da rodovia MS-156 de acesso entre Dourados e Itaporã. A via corta a Reserva de Dourados e, também, dá acesso a outros destinos.
De acordo com o terena, as comunidades das aldeias Bororó e Jaguapiru estão sem água há cerca de seis meses. "Poucas famílias tem o próprio poço; a maioria secou", conta Ribeiro.
Segundo ele, pais e filhos estão recorrendo à água suja em lagoa localizada nos fundos da Aldeia Bororó. "Bebem água parada, contaminada e as crianças ficam doentes", contam as lideranças que estão na saída de Dourados, para organizar o ato de fechamento da rodovia MS 156.
"Se isso acontecesse na cidade, seria calamidade pública", certo?. questiona o líder terena Valdemir Ribeiro. Os indígenas estão inconformados com a situação das famílias que passam sede e se sujeitam a cozinhar, lavar roupa e beber água parada.
O deputado federal Geraldo Resende esteve há pouco na rotatória da MS-156, onde os indígenas estavam reunidos, para dar início ao bloqueio, e prometeu que na próxima quarta-feira duas máquinas perfuratrizes estarão nas aldeias Bororó e Jaguapiru para iniciar a obra de dois poços artesianos.
Ele também pediu que não bloqueiem a pista. Os indígenas se comprometeram a aguardar até aquela data. Caso as máquinas não cheguem às aldeias, o fechamento da pista é certo na próxima semana.(*)
*Acréscimo de informações
