Sem chance nas eleições municipais de outubro devido ao envolvimento de ex-assessores em denúncias de desvio dinheiro público ao longo de sua administração, cuja investigação faz parte da Operação Lama Asfáltica, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) preferiu deixar passar o período de turbulência para tentar voltar em 2018.
Por: Conjuntura Online - 12/08/2016 17h22
Sem chance nas eleições municipais de outubro devido ao envolvimento de ex-assessores em denúncias de desvio dinheiro público ao longo de sua administração, cuja investigação faz parte da Operação Lama Asfáltica, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) preferiu deixar passar o período de turbulência para tentar voltar em 2018.
Apesar disso, o seu partido decidiu enfrentar as urnas em 38 municípios de Mato Grosso do Sul, com a expectativa de vitória em 25 delas, segundo reportagem na edição desta sexta-feira do jornal Correio do Estado.
De acordo com a publicação, o PMDB é o segundo partido à indicar o maior número de candidatos a prefeito, atrás do PSDB do governador Reinaldo Azambuja, provável adversário de André Puccinelli em 2018. O partido disputa o cargo em 56 das 79 cidades do Estado.
O PSDB ainda indicou 18 candidatos a vice-prefeitos em composição com outros partidos aliados.
A estratégia tucana é pavimentar o caminho de volta de Reinaldo Azambuja daqui a dois anos, num confronto que deve envolver, além de André Puccinelli, o deputado federal e ex-governador Zeca do PT, outro que estrategicamente desistiu de disputar a prefeitura de Campo Grande agora depois da prisão do então senador Delcídio do Amaral (ex-PT) e dos escândalos envolvendo o governo da presidente Dilma Rousseff.
LAMA ASFÁLTICA
Com seus principais caciques investigados na Operação Lava Jato desgastados por derrotas nas últimas eleições, o partido do presidente interino, Michel Temer (PMDB-SP), apostará numa renovação de quadros na disputa deste ano.
Com candidatos lançados em 18 capitais, os peemedebistas terão 13 nomes que nunca disputaram o cargo de prefeito.
Nove deles disputarão pela primeira vez uma eleição majoritária, incluindo candidaturas em grandes centros como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Belém.
Em Campo Grande, André Puccinelli jogou a toalha ao anunciar há dias que não disputará a prefeitura da Capital de Mato Grosso do Sul.
Apesar de apresentar uma série de argumentos, o líder peemedebista se vê desgastado pelas denúncias da Operação Lama Asfáltica que levaram para a cadeia o ex-deputado federal Edson Giroto, seu amigo íntimo e seu ex-secretário de Obras Públicas, acusa de desvio milionário de dinheiro público, além do empresário João Amorim, campeão de vencer licitações em seus governos.
Sem candidatos tradicionais em alguns estados por causa da crise, PMDB deve disputar em18 capitais; em 9, candidatos estreiam em majoritárias, segundo reportagem do G1.