Na base sindical de Dourados, são 13 municípios sem atendimento bancário no interior das agencias.
Por: Douradosagora - 21/09/2016 07h36
fotos: Cido Costa/Douradosagora
A greve dos bancários entra no 16º dia, nesta quarta-feira, sem nova proposta para a categoria que aguarda uma reação por parte da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os usuários estão enfrentando filas no autoatendimento, lotérias e outros estabelecimentos que recebem contas. Na base sindical de Dourados, são 13 municípios sem atendimento bancário no interior das agencias.
De acordo com o sindicato, ontem, bancários enfrentaram diversos ataques antissindicais, denúncias de gerentes dos bancos públicos, que estão sendo ameaçados com a perda de função se aderirem ao movimento paredista.
Segundo os denunciantes, os gestores fazem reuniões e anunciam que "cada um é responsável por seus atos e que não garantem as funções dos grevistas" e depois orientam os gerentes a fazer contingência em outras agências.
Nos bancos privados, a ordem via e-mail e vídeo conferência é comparecer ao trabalho e forçar a abertura das agências. Além disso, o banco envia mensagens, via sms, perguntando em qual agência o funcionário estará, mesmo que a outra unidade não comporte e nem tenha estrutura para os bancários advindos das outras localidades.
Mesmo assim, ontem, 13.096 agências e 36 centros administrativos tiveram suas atividades paralisadas. O número representa 56% das agências do Brasil.
Principais reivindicações dos bancários
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.
PLR: 3 salários mais R$ 8.317,90.
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).