O evento promovido pela Associação da Família Mattos (Amattos) acontece no Centro de Tradições Gaúchas Querência do Sul
Douradosagora - 10/11/2016 07h42
O tradicional encontro da família Mattos este ano terá dois dias de comemorações. As festividades começam no sábado, a partir das 18h, com a realização de um jantar dançante e serão encerradas no domingo, dia 13. O evento promovido pela Associação da Família Mattos (Amattos) acontece no Centro de Tradições Gaúchas Querência do Sul e marca a 27ª edição, com previsão de reunir mais de 1 mil participantes. A informação foi repassada por Rozemar Mattos, Gislene Mattos, Maria de Lourdes Matos Santos da Silva, Alkindar Mattos Rocha, Neuza Mattos do Amaral e José Roberto Mattos.
Segundo a presidente da Asso ciação, Maria de Lourdes Matos Santos da Silva, a finalidade deste encontro é a união das pessoas e o fortalecimento dos laços familiares. O evento é considerado atualmente como uma das maiores festividades familiares do Brasil. Em Dourados, onde começou a chegar a partir de 1898 até 1912, a familia Mattos é considerada a mais numerosa. De acordo Maria de Lourdes, também conhecida como Lurdinha, na edição deste ano, estão sendo aguardados parentes do Estados Unidos, Argentina e de diversos estados do Brasil.
O fundador e historiador da Associação, Rozemar Mattos, cita as outras cidades que já sediaram as reuniões festivas do clã, como São Luiz Gonzaga (RS), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e San Ignácio, província de Missiones, na Argentina.
No entendimento de Rozemar, que foi o primeiro presidente da Amattos, sendo sucedido por Alceu Brum, José Carlos Cimatti e Vagner de Matos, o propósito destes encontros regionais é a integração e a manutenção das tradições e a preservação da história.
Pioneiro
"José de Mattos Pereira chegou em 1902 nas terras que hoje corresponde à cidade de Dourados. Partiu de São Luiz Gonzaga (RS) aos 74 anos. Apesar da idade avançada, conduziu bravamente seu clã, atravessando as paisagens gaúchas dos pampas e coxilhas, que foi deixando para traz, regadas de lágrimas. Trazia o coração varado de dor e cheio de recordações de momentos vividos harmoniosamente com a sua numerosa família na terra amada", relata a professora Alaíde Brum de Mattos.
Segundo a professora, a caravana de José de Mattos Pereira, composta por mais de uma centena de pessoas, marchou prolongados meses por caminhos íngremes e até mesmo inexistentes traçados na hora da travessia com facões e machados.
Foram muitas as noites mal dormidas sobressaltados pelos perigos da mata e a incerteza de segurança com a vida de seus entes queridos. "Durante o trajeto, foram muitas as dificuldades enfrentadas com as doenças, a falta de alimentos e remédios, também, gêneros de uso para vestimentas e higiene", ressalta Alaíde, em artigo publicado pelo jornal O Progresso.