Dos 13 produtos que compõem a Cesta Básica, em Dourados, 6 apresentaram uma elevação de preços no mês de Janeir
Pesquisa de acadêmicos do Curso de Economia da UFGD * - 13/02/2017 09h49
O valor da Cesta Básica do mês de janeiro apresentou queda de 3,42%, em Dourados, comparado com dezembro passado, aponta pesquisa realizada pelos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (Face) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
Os preços da cesta básica de dezembro de 2017, com estes produtos, ficaram em R$ 351,47 o que significa 40,57% do salário mínimo que foi de R$ 880,00. No primeiro mês de 2017, o trabalhador douradense teve que destinar uma quantia inferior a isso para a compra dos produtos componentes da cesta básica que foi de R$ 339,44 o que equivale a 36,23% do salário mínimo vigente desde o 1º de Janeiro de 2017 que é de R$ 937,00. Na segunda cidade do Estado, o preço da cesta está bem competitivo, já que foi caindo desde novembro do ano passado.
A partir da Constituição Federal de 1988 o trabalhador brasileiro deve trabalhar 220 horas mensais, com isso, em dezembro/2016, para pagar a cesta básica um douradense teve que trabalhar 87 horas e 52 minutos. Já, em janeiro de 2017, este mesmo trabalhador precisou de um tempo inferior para comprar alimentos que foi de 80 horas, isto representou um aumento do poder de compra do salário se comparado com o mês anterior. Esse ganho substancial ocorreu não só devido à queda dos preços da Cesta Básica no mês de dezembro, mas, em Janeiro, houve um reajuste no preço do salário mínimo no país.
Dos 13 produtos que compõem a Cesta Básica, em Dourados, 6 apresentaram uma elevação de preços no mês de Janeiro. O produto que teve a maior elevação do mês foi o leite com 11,67%. Os outros produtos que aumentaram de preços foram: o óleo com 3,14%; arroz com 1,23% de elevação do seu preço, e com uma leve oscilação dos seus preços estão o pão-francês com 1,01%; a manteiga 0,42% e café com uma elevação de 0,34%. O óleo de soja, pão-francês e o café tiveram elevação de preços pelo segundo mês consecutivo mas não chega a ser preocupante porque não foram tão acentuados a subida dos seus preços.
Entre os sete produtos que compõem a Cesta Básica e diminuíram de preços em janeiro estão o tomate com 18,43% de queda; banana com 13,90%; farinha de trigo teve uma diminuição de preços de 6,97%; batata 5,61%; o feijão com 5,43% pela terceira vez seguida; o açúcar com 1,99% e a carne com 1,96% de queda dos seus preços, propiciando uma queda ainda maior da Cesta Básica já que é o principal produto que a compõe.
Apesar da queda dos preços pelo terceiro mês seguido, a sugestão é pesquisar antes de comprar e, ainda, verificar as pesquisas realizadas pelo Procon. A pesquisa aponta que a diferença de preços entre o supermercado que praticou o preço mais elevado (R$ 391,41) e o menor (R$ 255,82), com os mesmos produtos, é de R$ 135,59, ou seja, 53% menor.
Levando-se em consideração a determinação da Constituição Nacional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas do trabalhador brasileiro e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Dessa maneira, em Janeiro de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.811,29, isso significa 4,07 vezes mais do que o mínimo vigente que é de R$ 937,00. A pesquisa realizada por acadêmicos da UFGD aponta, ainda, que em dezembro o salário mínimo necessário estava em R$ 3.856,23 que representava 4,38 vezes do salário praticado naquele mês, isso é mais um indicador de que houve um ganho dos trabalhadores no mês de Janeiro.
Mais informações: Curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia com o professor Enrique Duarte Romer (*), pelo telefone 99995-7342.