A ação incluiu distribuição de material informativo, aferição de pressão arterial, orientações, triagem e encaminhamento para consulta com o médico do trabalho.
Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial foi lembrado com ação preventiva
28/04/2017 10h12 - Douradosagora
Para lembrar o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial (26 de abril) no âmbito do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), a Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (SOST), com apoio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), do profissional de Educação Física do HU-UFGD e de acadêmicos de diversos cursos da área da Saúde, promoveu uma ação preventiva junto aos colaboradores do hospital na última terça-feira (25).
A ação incluiu distribuição de material informativo, aferição de pressão arterial, orientações, triagem e encaminhamento para consulta com o médico do trabalho.
De acordo com o presidente da CIPA, Vanderlei Gandine, a ação atendeu as expectativas. "Houve um fluxo intenso de atendimentos, com um total de 171 avaliações antropométricas. O próximo passo será analisar os questionários preenchidos pelos colaboradores, levantando o perfil epidemiológico dos participantes da campanha, e realizar a triagem dos trabalhadores que serão acompanhados no Programa de Qualidade de Vida do HU-UFGD". Esse acompanhamento inclui a realização de exames laboratoriais, consulta com um endocrinologista e com o médico do trabalho.
Ainda de acordo com Vanderlei, as ações preventivas em saúde ocupacional buscam identificar os fatores de risco e criar estratégias de intervenção. "Assim, ao invés de afastar o hipertenso e onerar indiretamente, via tributos, a empresa, a intensão é manter um papel ativo, de aspecto social relevante, e com resultados positivos", explica.
Hipertensão
Segundo o Caderno de Atenção Básica do Ministério da Saúde, a hipertensão afeta de 11 a 20% da população adulta com mais de 20 anos. A pressão arterial é a força que o sangue exerce na parede das artérias, quando essa força está aumentada, as artérias oferecem resistência para a passagem do sangue, ocorrendo então a Hipertensão Arterial. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9).
Os fatores de risco para hipertensão arterial são:
Hábitos alimentares irregulares com elevado consumo de sal e produtos industrializados;
Sobrepeso e obesidade, que aceleraram em até 10 anos o aparecimento da hipertensão;
Tabagismo;
Hereditariedade: quem tem o pai ou a mãe com hipertensão tem 30% de chances de se tornar hipertenso.
Se a herança é bilateral, o risco da hipertensão aumenta para até 50%. Neste caso, quem é filho de hipertensos deve fazer avaliações médicas periódicas;
Diabetes;
Envelhecimento.
A maioria dos hipertensos não apresenta qualquer sintoma ou sinal referente à hipertensão. Sintomas como dor de cabeça, dor na nuca, enjoos, tonturas e falta de ar podem estar associados à hipertensão, mas não são específicos da doença. Muitas vezes, os sintomas surgem quando a hipertensão já causou danos aos órgãos. Por isso, é importante tratar a hipertensão mesmo sem sintomas.
A hipertensão arterial aumenta as chances de ocorrência de infarto do coração, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e renal, impotência sexual, além de outras complicações que alteram significativamente a qualidade de vida. Além disso, um hipertenso que não se trata tem, segundo a Organização Mundial de Saúde, uma redução na expectativa de vida de até 16,5 anos. O tratamento previne as complicações da doença, mas é importante que seja feito de forma contínua, sem interrupções. Também é importante a realização de consultas médicas periódicas, pois, eventualmente, podem ser necessários ajustes na medicação.