Dourados
Com a alegação que não tiveram nenhum dos itens da pauta nacional acordada com Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), celebrada em janeiro passado, cerca de 180 integrantes do Movimento Sem-Terra do Brasil (MSTB) ocuparam, desde a madrugada de ontem, a sede do órgão na Capital, exigindo maior agilidade no processo de reforma agrária em Mato Grosso do Sul e a substituição imediata do superintendente regional Humberto César Mota Maciel.
22/05/2017 16h36 - Por: Elvio Lopes/ O Progresso
Com a alegação que não tiveram nenhum dos itens da pauta nacional acordada com Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), celebrada em janeiro passado, cerca de 180 integrantes do Movimento Sem-Terra do Brasil (MSTB) ocuparam, desde a madrugada de ontem, a sede do órgão na Capital, exigindo maior agilidade no processo de reforma agrária em Mato Grosso do Sul e a substituição imediata do superintendente regional Humberto César Mota Maciel.
O presidente do MSTB, Vanildo Elias de Oliveira afirmou que os manifestantes somente desocuparão o prédio quando a pauta de negociação nacional contendo 12 exigências que tratam da aceleração do processo de reforma agrária avançar e que integrantes de outros movimentos sociais e rurais também estão se mobilizando para participar da ocupação.
Vanildo Oliveira explica que a ocupação da sede do Incra é pacífica, sem registro de dano ou confronto e faz parte de uma mobilização nacional que acontece simultaneamente em 17. A ocupação do prédio interrompeu o atendimento ao público durante todo o dia ontem, pois os manifestantes não deixaram os funcionários do órgão trabalhar.
O pedido de substituição imediata do superintendente regional Humberto Maciel, segundo o líder rural, desde que foi nomeado no ano passado, não contribuiu em nada para promover avanços na reforma agrária em Mato Grosso do Sul.
Ele reclamou que há muitos anos os dirigentes dos movimentos sociais rurais têm participado de reuniões somente para assinar atas e que os manifestantes estão cansados dessa rotina, pois do que foi acordado, nada tem sido cumprido. "Não estão distribuindo terra, só estão distribuindo ata", ressalta Vanildo Oliveira. Os manifestes levaram suas bagagens e roupas de cama, preparados para ficar nos corredores do edifício por mais de um dia.
A ocupação anterior da sede do Incra na Capital aconteceu em janeiro, há quatro meses e os movimentos sociais encerraram o protesto depois que lideranças foram convidadas a se deslocarem para Brasília, para uma reunião na presidência do Incra, que resultou na pauta nacional com as 12 exigências.
