Dourados
Uma das palestrantes é a deputada Leandre Dal Ponte, criadora da Comissão Permanente em Defesa dos Direitos dos Idosos da Câmara Federal.
Dourados é a 1ª cidade do Brasil a elaborar documento que será referência para novas políticas públicas. Seminário acontece a partir das 7h30 na Câmara Municipal de Vereadores
11/08/2017 06h33 - Por: Valéria Araújo
Uma comitiva nacional formada por representantes da Câmara Federal, Pastoral Nacional da Pessoa Idosa e Conselho Nacional do Idoso vai mapear a condição em que vivem idosos de todo o Brasil, a começar por Dourados. O município realiza hoje, às 7h30 o primeiro seminário do País: "Direitos dos Idosos: novos olhares" promovido pela Câmara Municipal. Ontem as autoridades conheceram serviços prestados aos idosos de Dourados como os dois centros de convivência. Também ouviram do poder público reivindicações como mais recursos federais para custear projetos voltados para esse público. A iniciativa do seminário é da Vereadora Daninela Hall (PSD) com apoio do deputado federal Geraldo Resende (PSDB).
Uma das palestrantes é a deputada Leandre Dal Ponte, criadora da Comissão Permanente em Defesa dos Direitos dos Idosos da Câmara Federal. Ela destacou a importância de se começar um cadastro nacional para avaliar como vivem os idosos de todos os municípios. "A partir desse diagnóstico será possível colocar em prática a legislação existente no país", destacou
A deputada avaliou como um grande avanço a criação da Secretaria Nacional da Pessoa Idosa que também foi uma luta dela, do deputado Geraldo Resende e da deputada Mara Gabrilli. "A partir dessa secretaria teremos condições de ajudar os municípios a se preparar para atender os idosos com mais qualidade de vida e oportunidades. Temos que mudar a mentalidade hoje de gestores que vêem os idosos como um problema, porque isso não é verdade. O envelhercer é apenas uma condição humana",disse.
A deputada destacou que no mundo o poder público gasta 1 trilhão de dólares por ano na Saúde apenas com Alzhaimer, a doença mais cara do planeta. No Brasil, saem dos cofres públicos mais de R$ 20 bilhões para tratar pacientes com a doença. "Uma das formas de se combater o Alzhaimer é investindo em alta escolaridade. Por isso os municípios podem se programar para a realização de cursos, aulas de música, atividades de convivência entre outros que estimulem a atividade cerebral", exemplifica.
Segundo a deputada hoje no Brasil existe uma curva relacionada a idade e autonomia em que se coloca o idoso como alguém "invisível", com menos direitos e que não consegue tomar decisões. "Nossa proposta é criar condições para que a autonomia presente aos 40 e 50 anos, se mantenha aos 80 anos, por exemplo", destaca.
A deputada diz que segundo dados do IBGE, até 2060 o Brasil vai quadriplicar o número de idosos. "Eles serão 30% da população. Serão Serão 73,5 milhões entre os 218,1 milhões habitantes do país e os municípios precisam estar preparados para esse envelhecimento da população acima dos 60 anos com qualidade de vida", destacou.
A Secretária de Assistência Social de Dourados Ledi Ferla diz que hoje mais de 1.2 mil idosos são atendidos pelo município em seus mais diversos programas. Acrescentou ainda que tem dois projetos no aguardo de recursos federais como a reforma de Centros de Convivência.
A vereadora Daniela Hall (PSD) acredita que as mudanças devem ocorrer em todos os setores. "Elas vão desde as coisas mais simples como encontrar o medicamento na Saúde, ter opções de lazer com segurança, condições de andar pelas calçadas, ter seus direitos garantidos e serem respeitados. Na Câmara de vereadores vamos propor melhorias em todas as áreas", destaca.
O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) disse que vai atuar para que Dourados e os municípios de MS que quiserem, se tornem cidades "amigas do Idosos", um programa que propõe ações intersecretariais voltadas à proteção, educação, saúde e participação da população idosa. "temos que dar mais condições para essa geração de idosos que querem continuar trabalhando, se qualificando e buscando cada vez mais sua autonomia", afirma.
