Dourados
Durante assembleia na terça, os educadores voltaram a reafirmar a falta de cumprimento por parte da prefeitura de Leis da Educação, sem proposta concreta para a categoria discutir sobre o fim da greve. Com panfletos, faixas e cartazes, os professores se concentraram, após a assembleia, em semáforos nas imediações da praça.
31/08/2017 07h26 - DouradosAgora
Sem entendimento, a greve dos educadores da rede municipal de ensino em Dourados continua sem prazo para terminar. Anteontem ocorreu a última reunião da categoria, na praça Antônio João, e a paralisação segue com 66% dos profissionais na ativa, afirma o Sindicato dos Profissionais em Educação (Simted). Isso significa que as escolas estão retardando a abertura ou fechando mais cedo. O desembargador Carlos Eduardo Contar refuta afirmação e concedeu antecipação de tutela à Prefeitura de Dourados alegando que a determinação não está sendo cumprida. O magistrado fixou ontem uma multa de R$ 50 mil para cada dia de greve; já são sete dias úteis e, portanto, a dívida seria de R$ 350 mil.
Durante assembleia na terça, os educadores voltaram a reafirmar a falta de cumprimento por parte da prefeitura de Leis da Educação, sem proposta concreta para a categoria discutir sobre o fim da greve. Com panfletos, faixas e cartazes, os professores se concentraram, após a assembleia, em semáforos nas imediações da praça.
Além da falta de avanço na negociação salarial, segundo a categoria, liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Simted), existem problemáticas com vários direitos retirados, como a redução de salários e corte do Difícil Acesso dos professores (auxílio de custo para quem mora na sede de Dourados e leciona em escola de distrito). Os servidores administrativos são os que mais sofrem com as perdas salariais, informou o sindicato.
No início da semana o Simted esteve reunido com a Comissão de Educação da Câmara Municipal de Dourados. A categoria solicitou ao Legislativo a realização de uma auditoria na folha de pagamento da Rede Municipal e na conta bancária da prefeitura para constatar os recursos da Educação recebidos no ano de 2017 e como foram aplicados.
Na semana passada a categoria esteve reunida com a prefeita Délia Razuk, secretários municipais e técnicos da área contábil do município. Délia comunicou que a prefeitura não tem condições de atender as reivindicações da categoria em relação a reajuste salarial.
Além disso a prefeita garantiu que tudo o que a lei permite será feito e uma auditoria já foi determinada por ela, inclusive com convite para participação do próprio Simted na comissão auditora. A prefeita quer esse levantamento na folha de pagamento, nos contratos, nos readaptados, vagas puras e nos desvios de funções.