A greve ocorre devido ao enorme atraso no início das negociações e devido ao conjunto das “propostas” apresentadas pela direção da ECT, que se resumem em retirada e redução de direitos e benefícios da categoria, que foram conquistas das Campanhas Salariais anteriores. A empresa não apresentou também proposta de reajuste salarial.
20/09/2017 07h21 - Por: DouradosAgora
Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul, reunidos em assembleia ontem em Campo Grande aprovou adesão à paralisação nacional da categoria, seguindo a orientação do Comando de Negociação da Federação (FENTECT). A greve teve início a partir das 22 horas desta terça.
De acordo com a presidente do SINTECT-MS, Elaine Regina Oliveira, esta greve ocorre tendo em vista o enorme atraso – provocado deliberadamente pela empresa – no início das negociações e devido ao conjunto das "propostas" apresentadas pela direção da ECT, que se resumem em retirada e redução de direitos e benefícios da categoria, que foram conquistas das Campanhas Salariais anteriores. A empresa não apresentou também proposta de reajuste salarial.
Para o sindicato, a intenção da ECT é "empurrar com a barriga" as negociações até o final do ano, embora o Acordo Coletivo tenha expirado no dia 31 de julho, esperando a vigência da "reforma trabalhista" para impor sua redução de direitos e benefícios.
"Esse é o golpe por trás dessa manobra", afirma Elaine. "Não podemos aceitar o que a direção da ECT está tentando impor. Não vamos aceitar redução em nossos benefícios e no Plano de Saúde. Não aceitamos a retirada do que já está garantido no Acordo Coletivo atual. E queremos sim reposição salarial. Por isso a opção da greve é o que nos resta. A greve é um direito constitucional e a nossa arma, o nosso instrumento de pressão para destravar as negociações. Sempre foi assim, não nos iludamos."
O sindicato da categoria avalia que atual gestão dos Correios, no governo Temer, tem apenas dois objetivos: retirar direitos dos trabalhadores, reduzir seus benefícios, e preparar a privatização. "Operam como "lesa pátria", transferindo estatais a preço de banana para as grandes corporações internacionais e nacionais."
"Estamos em luta por nossos direitos e em defesa da ECT. Na luta conquistamos esses direitos e benefícios! E será com a luta que vamos mantê-los! Vamos à luta! A greve é nossa arma", conclui a sindicalista.