A queda de volume do produto in natura de certa forma surpreende, pois no acumulado até novembro apresentava incremento de 0,47%
08/01/2018 11h00 - Por AviSite
Sem dúvida afetadas pelo "fogo amigo" que atingiu o setor mais de uma vez no decorrer do exercício passado, as exportações brasileiras de carne de frango in natura de 2017 apenas repetiram – com pequena diferença a menos – os embarques do ano anterior.
De acordo com a SECEX/MDIC foram exportadas no decorrer do ano perto de 3,947 milhões de carne de frango in natura, queda inferior a meio por cento em relação a 2016.
Já considerada a totalidade dos embarques (in natura + carne salgada + processados), o total chegou, conforme a ABPA, a 4,320 milhões de toneladas, quase 1,5% a menos que no ano anterior.
A queda de volume do produto in natura de certa forma surpreende, pois no acumulado até novembro apresentava incremento de 0,47%.
Ou seja: foram os embarques de dezembro que determinaram o resultado negativo – 295.641 toneladas, quase 10% a menos que em dezembro/16 e o segundo menor volume de 2017.
Embora 3,4% superior ao de dezembro de 2016, o preço médio registrado pelo produto in natura no encerramento de 2017 foi o segundo menor do ano.
Ainda assim, a média alcançada em12 meses – pouco mais de US$1.630/tonelada – foi perto de 9% superior à de 2016.
Isso, claro, foi o que mais se refletiu na receita cambial do produto. Pois ainda que o volume não tenha aumentado, o valor global gerado pelo produto in natura – US$6,432 bilhões – aumentou 8,13% no ano.
Esse resultado, ressalve-se, ainda está aquém dos registrados entre 2011 e 2014, quadriênio em que a receita cambial da carne de frango in natura variou entre um mínimo de US$6,893 bilhões (2014) e um máximo de US$7,063 bilhões. Mas corresponde ao melhor resultado dos últimos três anos.