'O trabalho dos agentes, em realizar visitas casa a casa, é de extrema importância para o Ministério da Saúde, pois é através da visita domiciliar que nós enquanto Governo, conseguimos um retrato epidemiológico do que está ocorrendo no país
25/01/2018 18h32 - Por Blog da Saúde
Boa capacidade para se comunicar com as pessoas e comprometimento pela saúde de sua comunidade, fazendo a vigilância tanto da população quanto de suas casas, comércios e terrenos.
Esses são princípios que regem os agentes comunitários de saúde e agentes comunitários de endemias.
Esses agentes exercem a função contando, principalmente, com o vínculo já existente com a comunidade em que vive, ou seja, funcionam como elo de ligação entre essa população e as unidades de saúde, por meio do contato permanente com as famílias dessa região.
De acordo com Divino Valério Martins, coordenador geral dos Programas Nacionais de Controle e Prevenção da Malária e das Doenças Transmitidas pelo Aedes do Ministério da Saúde, o papel dos agentes comunitários é fundamental, pois subsidia o planejamento estratégico do Ministério da Saúde, colaborando na prevenção e na vigilância da saúde da sociedade.
"O trabalho dos agentes, em realizar visitas casa a casa, é de extrema importância para o Ministério da Saúde, pois é através da visita domiciliar que nós enquanto Governo, conseguimos um retrato epidemiológico do que está ocorrendo no país.
Com esse trabalho é conseguimos identificar quais são as áreas de risco, quais são as áreas de maior probabilidade de transmissão de doenças e quais a melhores ações a serem tomadas".
Há oito anos o agente comunitário de saúde, Aldair do Nascimento, visita casas e conversa com os moradores de um dos bairros do município de Altamira, no interior do Pará.
O jovem de 37 anos diz que as ações dos agentes vão além da coleta de dados e informações. A caminhada "pela minha região", como ele chama, serve para falar sobre os direitos da comunidade e instruir as pessoas sobre os programas de saúde do Governo.
"À medida que nós visitamos as casas das pessoas, passamos orientações à população, ensinamos conceitos de educação em saúde, que para muita gente pode parecer básico, mas para algumas comunidades mais carentes pode ser um esclarecimento, uma novidade.
Além disso, tiram dúvidas sobre doenças e agravos, verificamos a evolução no quadro clínico de quem precisa, enfim, podemos acompanhar a saúde das famílias ao longo do tempo. Servimos na comunicação tanto para a população quanto para o Governo".
Com objetivo de melhorar capacidade desses profissionais afim de que possam prestar um serviço mais especializado e, desta forma, tenham condições para resolver mais problemas de saúde da população, o Ministério da Saúde vai financiar a abertura de 250 mil vagas para que agentes comunitários de saúde (ACS) e de combate à endemia (ACE) recebam qualificação como técnicos em enfermagem em todo Brasil.
Ao todo, será investido R$ 1,25 bilhão na formação dos agentes, que terão o curso totalmente gratuito, livres de taxas, mensalidades ou quaisquer contribuições relativas à prestação do serviço. Para o Ministério da Saúde, a formação desses profissionais vai ajudar no atendimento que é feito às residências e comunidades, reduzindo agravos.
"Nós estamos qualificando a ação, iremos levar o atendimento primário aos pacientes, isso resultará no sentido de evitar que as pessoas utilizem outros atendimentos mais complexos, e consequentemente, trará uma economia de recursos, já que os custos da Atenção Básica são menores do que o de outros atendimentos", explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados; Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade.
As visitas deverão ser programadas em conjunto com a equipe, considerando os critérios de risco e vulnerabilidade de modo que famílias com maior necessidade sejam visitadas mais vezes, mantendo como referência a média de uma visita/família/mês;
Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, por exemplo, combate à dengue, malária, leishmaniose, entre outras, mantendo a equipe informada, principalmente a respeito das situações de risco;
A vistoria de residências, depósitos, terrenos baldios e estabelecimentos comerciais para buscar focos endêmicos.
Inspeção cuidadosa de caixas d’água, calhas e telhados. Aplicação de larvicidas e inseticidas.
Orientações quanto à prevenção e tratamento de doenças infecciosas. Recenseamento de animais.