Despesas com benefícios puxaram o déficit da seguridade, que cresceu R$ 33,7 bilhões frente a 2016
12/03/2018 12h08 - Por Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
O rombo na seguridade social não para de crescer. Em 2017, essa conta ficou negativa em R$ 292,4 bilhões. Frente ao ano anterior, esse déficit aumentou em R$ 33,7 bilhões.
Os dados são do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) e foram divulgados na quinta-feira (8).
A seguridade social é um conjunto de ações que reúnem saúde, previdência e assistência social. Esse rombo, segundo o ministério, avançou principalmente pelo pagamento de benefícios.
As receitas da seguridade somaram R$ 657,9 bilhões no ano passado, já as despesas cresceram 9% e ficaram em R$ 871,8 bilhões.
De acordo com o secretário do Orçamento Federal (SOF), George Soares, a receita cresce mais ou menos na mesma proporção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "O que pesa é a despesa, especialmente a despesa de benefícios", afirmou.
O levantamento também mostrou que o peso maior na seguridade veio de aposentadorias pagas pelo Regime Geral da Previdência Social (RGPS), pelo abono salarial e pelo seguro-desemprego. Todos esses pagamentos geraram despesas de R$ 797,8 bilhões.
Soares alertou, ainda, que o aumento crescente do rombo da Previdência, com gastos cada vez maiores de benefícios, diminui a quantidade de dinheiro disponível para as outras áreas de seguridade social, como saúde e assistência social.