Dourados
Os times que tiverem o melhor desempenho vão se classificar para torneios internacionais de robótica nos Estados Unidos, Hungria e Estônia
Os times que tiverem o melhor desempenho vão se classificar para torneios internacionais de robótica nos Estados Unidos, Hungria e Estônia
16/03/2018 07h09 - DouradosAgora
Após a vitória na etapa regional, em novembro do ano passado, alunos da Escola do Sesi de Dourados embarcaram, ontem, rumo a Curitiba (PR) para participar da etapa nacional do Torneio de Robótica realizado pela FLL (First Lego League), que começa hoje e prossegue até domingo no campus da Indústria da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), localizado no Bairro Jardim Botânico.
É a primeira vez que um dos times de robótica da rede de escolas do Sesi de Mato Grosso do Sul chega tão longe na competição. Os times que tiverem o melhor desempenho vão se classificar para torneios internacionais de robótica nos Estados Unidos, Hungria e Estônia. Nesta etapa, o time da Escola do Sesi de Dourados, chamado "Megamentes", disputará com outras 82 equipes de todo o País, compostas por estudantes de 9 a 16 anos de idade, de escolas públicas e particulares.
Com base no tema proposto pela FLL para esta edição do torneio – "Hydro Dinamics: O que poderia se tornar possível quando compreendemos o que acontece com a nossa água?" –, a equipe de robótica Megamentes desenvolveu o projeto "Lavadim" e criou uma máquina de lavar cuja água é reaproveitada para irrigação. Os alunos também construíram o robô "Megadom", um projeto mais robusto e que promete dobrar a pontuação da equipe em relação à fase regional da competição.
Composição
Entre os dez integrantes do time há alunos na faixa etária dos 10 aos 16 anos de idade, do 5º ano do Ensino Fundamental até à 3ª série do Ensino Médio, que são divididos para atuar em uma das quatro categorias de avaliação do torneio (Pesquisa, Core Values, Design Robô e Desafio do Robô).
"A expectativa é grande, e esperamos aplicar todo o conhecimento que resultou das atividades desenvolvidas ao longo de meses de treino e durante as provas para representar a nossa escola como ela merece ser representada", disse o professor de Física da Escola do Sesi de Dourados, Wesley Sarati Coelho, que acompanha os alunos durante o torneio.
Yasmin Fidélis, do 9º ano do Ensino Fundamental, afirma que o momento é de foco no torneio. "Os ‘megas’ estão todos muito felizes e agora é focar, focar, focar", disse, instantes antes de embarcar no avião que levará a equipe até Curitiba. "Esperamos dar o nosso melhor e provar que todo nosso esforço não foi em vão", acrescentou Kaio Otthon, da 2ª série do Ensino Médio.
Para a diretora da Escola do Sesi de Dourados, Sibele Aparecida e Silva, a conquista dos alunos é resultado dos investimentos e estímulo dos alunos da instituição à pesquisa e inovação. "É uma emoção enorme ir para o nacional, estamos muito satisfeitos e realizados com todo o trabalho desenvolvido pelos técnicos e alunos, o que só vem reafirmar o sucesso do Sesi em robótica", salientou.
A rede de escolas do Sesi em todo o país adota a robótica educacional em sala de aula desde 2006. Fazem parte do time de robótica Megamentes os Giovane Luna, Kaio Otthon, Beatriz Lomba, Matheus Bueno Novaes, Igor Lourenzon, Samir Murad, Camila Xavier, Samara Bernardo, Yasmin Fidélis e Julia Marques.
O torneio
Entre as atividades propostas no torneio está o Desafio do Robô e para essa fase que os alunos da Escola do Sesi de Dourados criaram o robô gigante "Megadom". Nele, os alunos colocam os robôs de Lego para cumprir determinadas missões. Para realizar as tarefas, o robô pode navegar, capturar, transportar, ativar ou entregar objetos na mesa de competição.
Pode ser algo como remover um cano quebrado, virar tampas de bueiro e mover bombas de água. As equipes têm direito a três rounds, de 2 minutos e 30 segundos cada, para execução. Os robôs projetados e construídos pelos próprios alunos também são avaliados na categoria Design do Robô.
Os times podem utilizar sensores de movimento, cor, toque, controladores e motores. Os juízes levam tudo isso em consideração, além da estratégia e programação. Conta pontos, ainda, o Projeto de Pesquisa com uma solução inovadora sobre o uso da água, na qual será analisado o "Lavadim".
A solução deve ser compartilhada com os outros competidores e será avaliada pelos juízes. Por fim, na categoria Core Values, os estudantes precisam mostrar que sabem trabalhar em equipe.
