Dourados
19/03/2018 13h09 - Por: Da redação
A UFGD, por meio da Pró-Reitoria de Extesão e Cultura (PROEX/UFGD) e Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais (FCBA/UFGD), realiza o projeto de recuperação do Córrego Jaguapiru, denominado 'Nascente Viva', que será lançado nesta quinta-feira, 22 de março, data em que se comemora o Dia Mundial da Água. O desenvolvimento da proposta tem parceria da Associação dos Produtores Orgânicos de MS (APOMS), Associação das Mulheres Indígenas de Dourados (AMID) e do grupo alemão Tarahumara Fans.
O projeto 'Nascente Viva' é resultado do Programa de Extensão Institucional 'UFGD sustentável', que tem por objetivo agrupar professores e projetos extensionistas para otimizar recursos e ganhar força para concorrer a editais de financiamento externo e de fundos internacionais. "E nesse sentido, há um ano, esse grupo tem articulado um grande projeto em prol das causas ambientais, voltado para a Reserva Indígena de Dourados", enfatizou a Pró-Reitora, Juliana Mauad.
O projeto técnico, denominado 'Recuperação de Área Degradada e Alterada da Aldeia Indígena de Dourados' e elaborado pela professora Zefa Valdinina Pereira, pela especialista Olácio M. Komori e pela bióloga Larissa Oliveira Vilela, vai fazer a restauração ecológica do Córrego Jaguapiru, oriundo do Córrego Laranja Doce, problema ambiental encontrado na aldeia incluindo o desmatamento, onde a vegetação nativa foi quase que suprimida.
O processo de desmatamento do Córrego Jaguapiru resultou num conjunto de problemas ambientais dentro da Reserva Indígena, como a extinção de várias espécies da fauna e flora, mudanças climáticas, erosão do solo, o assoreamento dos cursos d´água e a perda da camada biologicamente ativa do solo e da biodiversidade local e regional.
Apenas 13% das aldeias possuem áreas úmidas, ou seja, de várzeas associadas às nascentes e que acompanham os fundos de vale ao longo dos cursos d´água. E essa áreas vêm sendo pressionadas pela ocupação de moradias e atividades agropastoris que refletem na supressão das matas ciliares, o que tem causado o assoreamento.
Segundo dados do projeto, 25,3 hectares do Córrego Jaguapiru, somente o localizado dentro da aldeia, sofrerá a restauração. Além disso, 13,5 hectares de vegetação nativa estão em péssimo estado de conservação e precisarão de enrriquecimento.
Essa primeira fase do projeto restaurará 2,8 hectares e terá ações de intervenção como: 1) remoção da vegetação herbácea e invasora e retirada de areia da calha do Córrego com máquina retroescavadeira; 2) plantio de espécies tolerantes a alagamentos; 3) plantio de espécies menos tolerantes a alagamentos em áreas mais secas; 4) atividade de Educação Ambiental com alunos das escolas da Reserva; 5) monitoramento das mudas plantadas; 6) limpeza periódica e 7) plantio de enriquecimento na área com vegetação.
