Na safra 2017/2018, recursos liberados para esse público chegou a R$ 889,3 milhões
17/06/2018 14h08 - Por Banco Central e do MDA
Dados coletados junto ao Banco Central revelam que os quilombolas e os indígenas têm ampliado sua produção rural e, para isso, avançaram na demanda por crédito rural.
Até a safra 2016/2017, eles sequer apareciam nas estatísticas que mostram a distribuição de recursos por beneficiários.
Na comparação entre a safra passada e a atual, os quilombolas apresentaram um forte aumento na demanda por crédito.
Segundo informações do BC, houve um avanço de 265,5%, com liberação de R$ 889,3 milhões para esse público.
Segundo o secretário especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvendo Agrário, Jefferson Coriteac, os povos tradicionais estão contemplados na Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.
Com esse programa, eles passam a ter tratamento diferente e acesso a uma série de medidas e benefícios para incentivar a produção. "Temos uma política específica para essa população", afirmou.
Quilombolas e outras populações, como descendentes de índios, estão dentro da classificação de agricultura familiar. No Brasil, 84% dos estabelecimentos rurais são de agricultores familiares.
Na última safra, os indígenas pegaram quase R$ 500 mil em financiamentos para melhorar e ampliar suas produções.
O Governo do Brasil também mantém o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que oferece linhas específicas para os pequenos produtores.
Apenas na safra 2017/2018, os agricultores familiares tomaram R$ 20,4 bilhões em crédito rural, e esses dados são referentes apenas até 8 de junho – essa safra acaba no último dia de julho.